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Líder da Fed de Dallas ainda não vê motivos para uma pausa na subida dos juros em junho

A presidente da Fed de Dallas, Lorie Logan, reconheceu que ainda não há motivos para defender uma pausa no aperto monetário na próxima reunião em junho. O mercado aponta agora para uma probabilidade de 63,3% de a Fed manter os juros diretores intocados no próximo encontro do banco central.

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A presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana em Dallas, Lorie Logan, defendeu esta quinta-feira que ainda não há um motivo para que o banco central decida fazer uma pausa na subida dos juros diretores, na próxima reunião em junho.

"Fizemos algum progresso, depois de aumentar a taxa dos fundos federais nas últimas 10 reuniões" da Fed, reconheceu Logan, durante uma conferência do setor bancário do Texas.

Ainda assim, não está claro se há sustentação para esta pausa. "Os dados das próximas semanas ainda podem demonstrar que é possível" não subir os juros diretores em junho, porém "à data de hoje ainda não chegámos lá", frisou a presidente do banco central em Dallas.

Já outro membro do "board" dos governadores, Philip Jefferson, frisou, durante um evento do setor dos seguros em Washington, o facto de haver um desfasamento entre o aumento das taxas de juro e o seu impacto na economia.

"A História demonstra que a política monetária trabalha com desfasamentos logos e variáveis, pelo que um ano não é um período suficiente para que a procura sinta o efeito pleno da subida dos juros", sublinhou Philip Jefferson.

O membro da Fed salientou ainda que "a inflação ainda permanece elevada" e de que "ainda não foi feito o suficiente para a reduzir". "A inflação subjacente continua a ser um desafio", acrescentou.

A inflação nos EUA abrandou para 4,9% em abril, abaixo das expectativas dos economistas que apontavam para os 5%, e recuando face aos 5% contabilizados em março.

Numa análise em cadeia - face ao mês anterior - a subida foi de 0,4%, em linha com as estimativas dos especialistas citados pela Reuters.

Por sua vez, a inflação subjacente - que exclui os preços da energia e dos alimentos- cresceu 5,5% em termos homólogos e 0,4% em cadeia.

Atualmente, a taxa dos fundos federais está fixada entre um intervalo de 5% a 5,25%. O mercado de "swaps" aponta agora para um probabilidade de 63,3% de a Fed manter os juros diretores intocados neste intervalo na próxima reunião de política monetária, segundo a Fed Watch Tool do CME Group.

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