Notícia
Lagarde alerta: possível corte no verão não garante descidas seguintes
A presidente do Banco Central Europeu (BCE) afirmou hoje que as decisões da autoridade monetária terão de permanecer dependentes dos dados e a ser tomadas reunião a reunião mesmo após uma primeira descida dos juros, que, segundo o mercado, poderá ocorrer em junho.
Um corte dos juros no verão é possível, mas isso não significa que a partir daí se seguirão mais descidas. O alerta foi feito por Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE).
"As nossas decisões terão de permanecer dependentes dos dados e a ser tomadas reunião a reunião, em resposta a nova informação consoante esta vai surgindo. Isto implica que, mesmo após um primeiro corte dos juros, não podemos comprometer-nos com um caminho em particular", afirmou numa conferência em Frankfurt.
A número um do BCE já tinha admitido em meados de janeiro que era "provável" uma primeira descida dos juros durante o verão. O mercado antecipa que alívio começará em junho, altura em que, segundo Lagarde, a autoridade monetária terá "muito mais informação" sobre o efeito real da política restritiva que tem levado a cabo e os seus efeitos na economia da Zona Euro.
Além do "timing" da descida, o foco dos investidores está também sobre a dimensão do alívio este ano. Os discursos de diferentes membros do BCE têm servido de bússola para os investidores, mas deixam espaço para dúvidas. Yannis Stournaras, por exemplo, levantou a hipótese de uma séries de descidas este ano e Mário Centeno, governador do BCE em representação de Portugal, também voltou a defender esta semana que a instituição está em condições de começar a descer os juros. Mas Luis de Guindos, vice-presidente do BCE, mostrou uma posição mais cautelosa, reforçando que o banco central terá de ajustar a política monetária "consoante os dados que vai conhecendo".
No último encontro de política monetária, no início deste mês, o BCE manteve os juros inalterados pela quarta vez consecutiva. A taxa de depósitos mantém-se nos 4% - máximo de sempre -, a aplicável às operações principais de refinanciamento em 4,5% e a de cedência de liquidez em 4,75%.
Esta quarta-feira, é dia de conhecer novas decisões de política monetária, mas nos Estados Unidos, com a Reserva Federal (Fed) norte-americana a dar hoje como concluído um encontro de dois dias. Também lá é esperado que o banco central mantenha os juros inalterados num intervalo entre 5,25% e 5,5%.
"As nossas decisões terão de permanecer dependentes dos dados e a ser tomadas reunião a reunião, em resposta a nova informação consoante esta vai surgindo. Isto implica que, mesmo após um primeiro corte dos juros, não podemos comprometer-nos com um caminho em particular", afirmou numa conferência em Frankfurt.
Além do "timing" da descida, o foco dos investidores está também sobre a dimensão do alívio este ano. Os discursos de diferentes membros do BCE têm servido de bússola para os investidores, mas deixam espaço para dúvidas. Yannis Stournaras, por exemplo, levantou a hipótese de uma séries de descidas este ano e Mário Centeno, governador do BCE em representação de Portugal, também voltou a defender esta semana que a instituição está em condições de começar a descer os juros. Mas Luis de Guindos, vice-presidente do BCE, mostrou uma posição mais cautelosa, reforçando que o banco central terá de ajustar a política monetária "consoante os dados que vai conhecendo".
No último encontro de política monetária, no início deste mês, o BCE manteve os juros inalterados pela quarta vez consecutiva. A taxa de depósitos mantém-se nos 4% - máximo de sempre -, a aplicável às operações principais de refinanciamento em 4,5% e a de cedência de liquidez em 4,75%.
Esta quarta-feira, é dia de conhecer novas decisões de política monetária, mas nos Estados Unidos, com a Reserva Federal (Fed) norte-americana a dar hoje como concluído um encontro de dois dias. Também lá é esperado que o banco central mantenha os juros inalterados num intervalo entre 5,25% e 5,5%.