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JPMorgan: Volatilidade passa de inimiga a amiga do mercado
Os analistas do banco de investimento consideram que o atual nível de volatilidade mais baixo poderá ajudar a dar força aos mercados nos próximos tempos.
19 de Abril de 2020 às 17:00
Na visão do JPMorgan Chase, a volatilidade das ações diminuiu para níveis que poderiam impulsionar os mercados em vez de estimular mais turbulência.
As oscilações começam a diminuir em resposta às medidas de bancos centrais e governos com pacotes de estímulo sem precedentes para amortecer o impacto económico da covid-19. Tal tem melhorado as condições nos mercados de financiamento, a liquidez e a desalavancagem por investidores sensíveis ao valor em risco - três áreas-chave para a volatilidade -, segundo a equipa de analistas do banco de investimento liderada por Nikolaos Panigirtzoglou.
"Após a deterioração do funcionamento do mercado e da liquidez em março, com condições piores do que durante a crise financeira, existem alguns sinais preliminares de melhoria da liquidez nas classes de ativos", escreveu Panigirtzoglou.
O índice de volatilidade, o VIX, fechou abaixo de 40 na terça-feira, depois de ter atingido 85 no período mais caótico do mês passado.
O índice ICE BofA MOVE, que mede oscilações dos "treasuries", encerrou pouco abaixo de 70 na terça-feira, depois de ter ultrapassado 160 em 9 de março.
O índice ICE BofA MOVE, que mede oscilações dos "treasuries", encerrou pouco abaixo de 70 na terça-feira, depois de ter ultrapassado 160 em 9 de março.
A queda desde o final de março reverteu cerca de metade das vendas anteriores dos fundos de paridade de risco equivalentes a cerca de 90 mil milhões de dólares em títulos, 30 mil milhões em ações e 30 mil milhões em commodities, disse o JPMorgan.
A emissão doméstica de títulos corporativos com grau de investimento nos EUA subiu em março para mais de 190 mil milhões de dólares, mais do que o dobro das emissões máximas nas últimas duas décadas.