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JPMorgan e Goldman Sachs entre os analistas otimistas para as ações europeias

"O potencial melhor desempenho das ações cíclicas, especialmente no setor financeiro e das matérias primas, é geralmente um grande impulsionador para a Europa", comenta um analista do JPMorgan.

16 de Janeiro de 2021 às 18:00
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Os analistas consultados pela Bloomberg (de bancos como o JPMorgan ao Goldman Sachs), no âmbito de um inquérito, mostram-se em média otimistas acerca da evolução das ações europeias.

Os investidores estão a apostar que a recuperação económica mundial vai influenciar positivamente alguns dos ativos que não tiveram tão bom desempenho até agora, como é o caso das ações europeias.

Mas agora, em média, os 24 inquiridos veem um potencial de cerca de 4% para o índice Stoxx 600 ao longo de 2021, e 5% para o Euro Stoxx 50, em comparação com os valores do fecho de quarta-feira. O analista mais otimista, da Makor Capital Markets, prevê uma subida anual de 16% para o Stoxx600 em 2021, enquanto o mais pessimista, pertencente à TFS Derivative a contar com uma quebra de 7%.

A Europa, conhecida pela prevalência de cotadas das áreas da energia e banca, deverá ter um bom ano. A impulsionar estará o otimismo acerca dos planos de vacinação mas também generosos pacotes de estímulos.

"O potencial melhor desempenho das ações cíclicas, especialmente no setor financeiro e das matérias primas, é geralmente um grande impulsionador para a Europa", comenta um analista do JPMorgan, num comentário dirigido à Bloomberg por e-mail. A região beneficiária da recuperação global", observa.

Em contrapartida, muitas das promessas de desempenho acima da média que foram feitas em anos recentes em relação à Europa não se chegaram a verificar, prejudicadas pelo crescimento mais lento dos lucros no Velho Continente e por tensões políticas. Além disto, alguns estrategistas apontam que os preços das ações já dispararam, deixando menos espaço para digerir algum revés na vertente económica ou das vacinas.

"Já vimos os mercados de capitais a subirem 20% desde outubro, então alguma da recuperação que esperamos para este ano já foi descontada", afirma uma outra analista, desta vez da parte do Goldman Sachs, também contactado pela Bloomberg. Esta analista prevê um retorno de cerca de 8% para as ações europeias em 2021, e descreve esta previsão como um bom resultado mas "não particularmente brilhante". Ao mesmo tempo, acredita que, depois da escalada a que já se assistiu, as ações estarão mais sujeitas a desapontar.

"Parece provável que os mercados sejam um pouco turbulentos, mas a queda acomoda, ainda assim, as ações", defende a mesma analista, Sharon Bell.

O Stoxx está agora a cerca de 6% do seu anterior máximo histórico, atingido antes do início da pandemia, e o consenso indica que este hiato não será completamente preenchido já este ano. Mas os investidores já estão a posicionar-se de olhos postos no Velho Continente. Os fundos de capital de risco europeus atraíram 2,2 mil milhões de dólares na semana que termina a 13 de janeiro, o que foi o maior fluxo desde junho, de acordo com os dados divulgados pelo Bank of America e recolhidos junto da EPFR Global.

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