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Jim Rogers diz que o maior "bear market" da sua vida está prestes a chegar

O veterano investidor considera que depois deste "bull market" novamente atingido, os mercados de ações vão novamente afundar mais de 20%, e permanecer naquele que será o pior "bear market" da vida de Rogers.

Reuters
Negócios 01 de Abril de 2020 às 12:20
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Numa altura em que as ações globais tentam recuperar da sua maior queda trimestral desde a crise financeira global, o investidor veterano Jim Rogers diz que o pior período ainda está por chegar.

O "chairman" da Rogers Holdings admite que a atual recuperação nos mercados possa continuar por algum tempo, depois das grandes quedas registadas, mas outra derrota nos mercados está iminente, assegura o investidor de 77 anos.

E tal cenário vai dever-se a um golpe triplo causado pelos danos económicos reais que o coronavírus vai causar, pelos consequentes níveis de dívida elevados e pelos juros muito baixos, que vão penalizar os mercados quando começarem a disparar. 

"Penso que no próximo par de anos iremos mergulhar no pior 'bear market' da minha vida", disse Rogers, numa entrevista telefónica feita à Bloomberg, acrescentando que o impacto do vírus nas economias "não vai terminar quando o vírus acabar, porque provocou muitos danos. Uma quantidade gigantesca de dívida foi acumulada".

Esta não é a primeira vez que Rogers partilha visões pessimistas sobre o futuro desempenho dos mercados. O investidor, que também fundou a Quantum Fund, com George Soros na década de 1970, previu uma queda "enorme" nos mercados em 2018. 

Em março deste ano, os mercados em todo o mundo conheceram quedas históricas. O Stoxx 600 – índice que reúne as 600 maiores cotadas da Europa – perdeu 14,80%, no mês passado, naquela que foi a maior queda mensal desde outubro de 1987, mês da "black monday", o segundo maior "crash" da história nos mercados, e a segunda maior desvalorização mensal de sempre.

O sentimento de quedas foi geral em todo o mundo e terminou com o mais longo "bull market" da história. Nos EUA, o Dow Jones desvalorizou 12,94% em março - o pior mês desde outubro de 2008.

O mês de março marca também o fim do mais longo período de "bull market" da história. No norte-americano S&P 500, foram onze anos consecutivos neste patamar, que a covid-19, de mãos dadas com a guerra no mercado petrolífero, tratou de derrubar. Mas a força com que caiu foi idêntica àquela que fez os índices mundiais voltarem a "bull market".

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