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Investidores aumentam liquidez para enfrentar "Verão de choques"

A exposição a liquidez aumentou em Maio, para próximo de máximos de 15 anos, revela o inquérito aos gestores do Bank of America/Merryll Lynch. Os investidores estão a preparar-se para possíveis choques do Reino Unido.

Vera Ramalhete veraramalhete@negocios.pt 19 de Maio de 2016 às 13:06

Os investidores estão a preparar-se para a turbulência nos mercados este Verão. A exposição a liquidez cresceu para próximo de máximos de 15 anos, revela o inquérito do Bank of America/Merrill Lynch. O Reino Unido, a China e os bancos centrais são os motivos para o aumento da "almofada" dos gestores, diz o banco, que indica que os investidores estão a "posicionar-se para um Verão de choques". 

O nível de liquidez na carteira aumentou de 5,4% em Abril para 5,5% em Maio, indica o último inquérito a gestores de fundos do Bank of America (BofA)/Merrill Lynch, publicado esta terça-feira, 19 de Maio. O valor aproxima-se do máximo atingido em Fevereiro, quando a crise na China e na banca levou os gestores a aumentarem a exposição a liquidez para 5,6%. Este era o peso mais elevado em 15 anos.

"Apesar de as expectativas para o crescimento da economia terem aumentado ligeiramente, os investidores continuam a deter níveis elevados de liquidez para se protegerem de potenciais choques do Brexit, China ou falhanço quantitativo", diz Michael Hartnett, estratego chefe de investimento do BofA, citado no comunicado do banco.

A maior preocupação dos gestores é agora a possível desvinculação de Londres da União Europeia, revela o inquérito. Ainda assim, 71% dos investidores considera que a saída do Reino Unido da UE é improvável. Mas a aposta em activos britânicos caiu para mínimos de Novembro de 2008. Pelo contrário, os investidores estão a voltar a apostar nos mercados emergentes, que registam um saldo positivo de apostas pela primeira vez em 17 meses.

Após o Brexit, seguem-se na lista dos investidores as preocupações em torno da China, com uma possível crise de incumprimento no crédito ou a desvalorização da moeda, e o falhanço das políticas de estímulos dos bancos centrais, indica o BofA.

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