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Governo e Ricardo Salgado querem PME's cotadas na Bolsa nacional
O Governo e a Euronext Lisbon querem que as PME's nacionais optem por recorrer ao mercado de capitais para se financiarem, aumentando a liquidez da Bolsa nacional, disseram Carlos Tavares e Ricardo Salgado.
O objectivo da Bolsa nacional é atrair novos emitentes num mercado cujo principal «benchmark» está concentrado em cinco títulos que controlam 85% do seu peso.
«A Euronext procura atrair e apoiar as PME que queiram entrar no mercado», referiu Ricardo Salgado, que procura novas cotações para reanimar o mercado de capitais.
A Bolsa prevê «dar uma nova dinâmica» ao mercado, com a atracção de novos intervenientes «mal a migração (para a plataforma Euronext) tiver feita e todo o aparelho técnico a funcionar como deve ser», realçou a mesma fonte.
Também o ministro da Economia salienta a necessidade de cotar as PME. «O mercado não vive apenas de privatizações e das grandes empresas», adiantou o mesmo responsável.
Para o ministro, é preciso facultar a entrada de empresas desta dimensão, destacando que muitas delas «têm um excesso de dependência do financiamento bancário e insuficiência clara de capitais permanentes».
Nesta perspectiva, Tavares apela a uma maior concentração destas empresas a fim de «reforçarem a sua dimensão» para depois entrarem na Bolsa nacional.
O ministro lembrou ainda às PME que podem recorrer a instrumentos de titularização de financiamento de médio longo prazo, com a garantia do Fundo de Garantia de Titularização de Créditos que não tem sido muito utilizado.
«Infelizmente, o mercado de capitais é hoje participado praticamente por institucionais e profissionais», revelou o presidente do Banco Espírito Santo (BES) que pretende introduzir novas acções que poderão atrair investidores particulares.