Notícia
Governador francês vê fim da "primeira fase de normalização" nos juros do BCE
"É provável que estejamos perto do pico da inflação", disse o economista-chefe do BCE, Philip Lane em entrevista a jornal italiano. Supervisor financeiro reúne-se esta quinta-feira.
13 de Dezembro de 2022 às 15:08
A reunião de quinta-feira do Conselho do BCE deverá marcar o fim da "primeira fase de normalização" da política monetária após vários anos de taxas excecionalmente baixas, segundo o governador do Banco de França, François Villeroy de Galhau.
O representante francês defende uma subida das taxas de juro de 50 pontos base, após dois aumentos agressivos de 75 pontos em setembro e outubro, que mostraram a determinação do BCE em controlar a inflação.
A inflação na zona euro recuou um pouco em novembro, para 10% contra 10,6% no mês anterior, graças a uma moderação dos preços da energia.
O Banco Central Europeu (BCE) poderá assim decidir esta quinta-feira abrandar o ritmo de subida das taxas de juro, com a esperança de ver a curva da inflação a aproximar-se do seu pico.
Desde julho, o BCE tem seguido uma linha de ajustamento monetário sem precedentes, aumentando as suas taxas em dois pontos percentuais no total, para tentar conter a subida dos preços, impulsionada pelos custos da energia, que dispararam depois de ter começado a guerra na Ucrânia.
"É provável que estejamos perto do pico da inflação", disse também Neo economista-chefe do BCE, Philip Lane, numa entrevista ao jornal italiano Milano Finanza.
Apesar de o ligeiro recuo da inflação "dizer pouco sobre o impacto das subidas das taxas de juro até agora", isso pode "pelo menos tornar outros aumentos 'jumbo' menos urgentes", considera Carsten Brzeski, economista da empresa financeira ING, citado pela AFP.
Num cenário de um aumento de 50 pontos base nas taxas de juro, que é apontado pela maioria dos economistas como provável na quinta-feira, a taxa de facilidade de depósitos, que serve de referência, passaria para 2%.
No entanto, alguns "falcões" do Conselho do BCE não escondem que são favoráveis a um novo aumento de 75 pontos base.
A alemã Isabel Schnabel, membro da comissão executiva do BCE, considera "limitada" a "margem que permite abrandar o ritmo de aperto monetário".
Com a inflação ainda longe do objetivo de 2% a médio prazo definido pelo BCE, a subida das taxas de juro deverá continuar, mesmo com o risco de bloquear ainda mais a economia, perto de uma recessão.
Segundo os analistas, a desaceleração da atividade sozinha não será suficiente para baixar os preços.
Para tomar uma decisão, os membros do Conselho do BCE dispõem de novas previsões económicas que vão até 2025.
Os mercados seguem também atentos a indicações que podem surgir sobre a forma como o BCE vai reduzir o seu balanço, após largas aquisições de dívida, um processo que começa no próximo ano.
Nesta questão, o BCE vai atuar "de forma muito prudente e gradual, para analisar qual é o impacto nos mercados", em particular nas taxas de juro dos países mais vulneráveis da zona euro, prevê Eric Dor, diretor de Estudos Económicos na escola de gestão IESEG.
O representante francês defende uma subida das taxas de juro de 50 pontos base, após dois aumentos agressivos de 75 pontos em setembro e outubro, que mostraram a determinação do BCE em controlar a inflação.
O Banco Central Europeu (BCE) poderá assim decidir esta quinta-feira abrandar o ritmo de subida das taxas de juro, com a esperança de ver a curva da inflação a aproximar-se do seu pico.
Desde julho, o BCE tem seguido uma linha de ajustamento monetário sem precedentes, aumentando as suas taxas em dois pontos percentuais no total, para tentar conter a subida dos preços, impulsionada pelos custos da energia, que dispararam depois de ter começado a guerra na Ucrânia.
"É provável que estejamos perto do pico da inflação", disse também Neo economista-chefe do BCE, Philip Lane, numa entrevista ao jornal italiano Milano Finanza.
Apesar de o ligeiro recuo da inflação "dizer pouco sobre o impacto das subidas das taxas de juro até agora", isso pode "pelo menos tornar outros aumentos 'jumbo' menos urgentes", considera Carsten Brzeski, economista da empresa financeira ING, citado pela AFP.
Num cenário de um aumento de 50 pontos base nas taxas de juro, que é apontado pela maioria dos economistas como provável na quinta-feira, a taxa de facilidade de depósitos, que serve de referência, passaria para 2%.
No entanto, alguns "falcões" do Conselho do BCE não escondem que são favoráveis a um novo aumento de 75 pontos base.
A alemã Isabel Schnabel, membro da comissão executiva do BCE, considera "limitada" a "margem que permite abrandar o ritmo de aperto monetário".
Com a inflação ainda longe do objetivo de 2% a médio prazo definido pelo BCE, a subida das taxas de juro deverá continuar, mesmo com o risco de bloquear ainda mais a economia, perto de uma recessão.
Segundo os analistas, a desaceleração da atividade sozinha não será suficiente para baixar os preços.
Para tomar uma decisão, os membros do Conselho do BCE dispõem de novas previsões económicas que vão até 2025.
Os mercados seguem também atentos a indicações que podem surgir sobre a forma como o BCE vai reduzir o seu balanço, após largas aquisições de dívida, um processo que começa no próximo ano.
Nesta questão, o BCE vai atuar "de forma muito prudente e gradual, para analisar qual é o impacto nos mercados", em particular nas taxas de juro dos países mais vulneráveis da zona euro, prevê Eric Dor, diretor de Estudos Económicos na escola de gestão IESEG.