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Goldman Sachs vê "tempos entusiasmantes" nas bolsas e duplica aposta na tecnologia

O banco de investimento norte-americano anunciou que estava a procurar duplicar o investimento em várias áreas do setor tecnológico, numa altura em que grande parte das empresas recuperam da pandemia.

Brendan McDermid/Reuters
14 de Outubro de 2021 às 19:52
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O Goldman Sachs está a procura de novas oportunidades de investimento em todas áreas no setor tecnológico. Dan Dees, co-líder do departamento, mostra-se disponível para alargar o valor investido em "tech", numa altura em que olha para empresas que voltam a emergir da pandemia.

"Estamos a duplicar o investimento em tudo o que for tecnologia neste momento", diz Dees, numa entrevista à Bloomberg TV, acrescentando que estamos a "viver tempos entusiasmantes". Adiantou ainda que estaria a olhar para áreas desde a inteligência artificial, realidade aumentada, computação quântica ou biologia sintética.

As "startups" estão a crescer mais rápido do que nunca e a centrar atenções desde as casas de investimento e, muitas delas, tornam-se "empresas importantes" no prazo de dois ou três anos. "Vimos que essas empresas começaram pequenas e vão-se tornando maiores de forma muito, muito rápida". O Goldman está "a tentar a tratar a tecnologia da mesma forma que a economia trata a tecnologia".

Dees disse que "é fantástico" haver tantas empresas a virar-se para os métodos não tradicionais no acesso aos mercados públicos, através de listagens diretas ou de propostas especiais de aquisição de empresas. Ainda assim "muitas empresas continuam a escolher o caminho tradicional para entrar em bolsa" reforçando que este método "não está falido".

Em julho deste ano, a Wise, uma das maiores "fintechs" britânicas, estreou-se na bolsa de Londres. A operação de entrada em bolsa não se fez através de um IPO, uma oferta pública inicial, mas sim de uma listagem direta em bolsa, algo inédito no mercado bolsista em "terras de sua majestade".

A entrada em bolsa deu-se através de uma listagem direta, o que, ao contrário do mais tradicional IPO, não implica que existam bancos a coordenar a procura dos investidores durante o período de pré-estreia e que não foi definido qualquer intervalo de preços no prospeto de entrada em bolsa. Este método foi estreado pelo Spotify, a plataforma de "streaming" de conteúdos de áudio, há três anos, em Wall Street.
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