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Goldman recomenda investir em cotadas dos serviços para sobreviver à guerra comercial
Facebook, Amazon, Microsoft, Walmart e Berkshire Hathaway: estas são algumas das cotadas que o Goldman diz estarem menos vulneráveis ao agravar da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, por comparação com as empresas de comércio de bens.
O Goldman Sachs divulgou uma estratégia para ajudar os investidores a protegerem-se contra o impacto da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. O banco de investimento defende que o foco deve ser em empresas fornecedoras de serviços, ao invés daquelas cujo negócio está assente em bens.
"Os títulos das cotadas do setor dos serviços têm uma menor exposição ao conflito comercial tendo em conta que têm custos mais baixos com inputs que possam estar sujeitos a tarifas, tal como menos vendas para fora dos Estados Unidos em comparação com as empresas de bens", escrevem os analistas do banco numa nota enviada aos clientes. Outro dos fatores adjuvantes será a inflação, que deverá ser mais forte para o setor dos serviços.
Na mesma nota, o Facebook e a Verizon são mencionadas tendo em conta uma maior rapidez nas vendas e no crescimento das receitas, tal como margens mais estáveis do que as empresas de bens. Em 2019, as cotadas dos serviços superaram o desempenho das empresas de bens em 530 pontos base.
Dentro do grupo dos serviços estão indústrias como a de software e de media e entretenimento. Microsoft, Amazon, Google e J.P. Morgan Chase, Walmart e Berkshire Hathaway também cabem no "saco" das mais imunes ao conflito, segundo o Goldman.
A mesma casa de investimento recuou recentemente nas previsões de crescimento económico que tem para o quarto trimestre, descendo as mesmas em 20 pontos base para os 1,8%. Uma decisão que justificou com o agravar das tensões entre os Estados Unidos e China. O Goldman não espera que seja atingido um acordo entre as duas nações antes da eleição de 2020.