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Gestores aproveitam correcção para comprar acções nacionais

Uma velha máxima dos mercados financeiros diz que uma via para ganhar em bolsa é comprar na queda e vender na alta.

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Uma velha máxima dos mercados financeiros diz que uma via para ganhar em bolsa é comprar na queda e vender na alta.

Esta "regra de ouro" dos mercados de capitais está agora a ser aplicada pelos gestores de fundos, que não querem deixar escapar este período conturbado da bolsa portuguesa para reforçar em algumas empresas a preços mais baixos. É que a queda significativa das acções nacionais criou, dizem os gestores, boas oportunidades de compra.

"Fizemos reforços selectivos em títulos que tinham registado quedas injustificadas", afirmou Pedro Pintassilgo da F&C Investments e responsável pela gestão do Millennium Acções Portugal, sem referir as empresas em questão. Em entrevista ao Jornal de Negócios, na semana passada, Pedro Pintassilgo identificou algumas das apostas do fundo para o resto do ano. São os casos da Altri, Soares da Costa e Teixeira Duarte. O mesmo gestor disse ainda que "o prémio das acções portuguesas é justificado", uma vez que "as estimativas de lucros para as empresas portuguesas são conservadoras".

Outros gestores de fundos contactados deram apenas alguns sinais da estratégia seguida durante esta período de correcção. "Não posso dizer as nossas posições actuais, apenas que não estamos a vender nenhuma posição em Portugal. De facto, estamos a comprar mais acções portuguesas. Para nós, esta é uma oportunidade muito boa para comprar", defende Francisco García Paramés, da espanhola Bestiver.

Este gestor, que foi considerado o melhor do mercado espanhol no ano passado e tem vindo a tomar importantes posições em diversas empresas portuguesas. Ainda na última semana, adquiriu mais de 2% da Altri, passando a ter uma participação qualificada naquela empresa. E no espaço de dois meses, entrou no capital de oito empresas nacionais.

Outro gestor de um fundo de acções nacionais considera que "todas as quedas de mercado criam oportunidades, mas há que analisar bem se os títulos não estavam inflaccionados".

O reforço dos fundos de investimento tem sido um dos factores apontados pelos operadores do mercado para a recuperação da bolsa de Lisboa nas últimas sessões, como se verificou ontem. O índice de referência PSI-20 registou uma valorização de 1,31%, ao encerrar a sessão nos 12636.32 pontos. Desde o início do ano soma 12,8%.

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