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Fundos reforçam posição na Sonae e cortam na Brisa

O montante aplicado pelos fundos de investimento em acções portuguesas cresceu 1,5% em Julho, atingindo um total de 969,5 milhões de euros, revelam os dados da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). E entre os títulos em que os fundos mais apl

10 de Agosto de 2006 às 07:00
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O montante aplicado pelos fundos de investimento em acções portuguesas cresceu 1,5% em Julho, atingindo um total de 969,5 milhões de euros, revelam os dados da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). E entre os títulos em que os fundos mais aplicam capital, o destaque no último mês foi a Sonae SGPS, a acção mais procurada, com o montante investido a crescer 15,7% para os 63,7 milhões de euros.

Julho foi um mês em que a OPA lançada pelo grupo de Belmiro de Azevedo voltou a "agitar" o mercado, atraindo a atenção dos gestores de fundos para o título. Comportamento inverso teve a Brisa, título em que o valor investido pelos fundos recuou 15% para os 57,8 milhões de euros. A PT Multimédia, que tem estado em destaque nos últimos dias com a proposta da PT de realizar o "spin-off" da unidade de multimédia, baixou 8,3% no valor detido pelos fundos, para um total de 36,4 milhões de euros.

Na liderança das aplicações dos fundos mantém-se a EDP, que recolhe um total de 95,1 milhões de euros, depois de ter crescido 4% ao longo do mês de Julho.

As acções nacionais foram os activos que mais cresceram no mês, já que o valor investido pelos fundos nas acções do resto da União Europeia subiu 0,4%, ao passo que os títulos do resto do mundo registaram um avanço de 0,9%. Ainda assim, em termos de mercados mais procurados para o investimento dos fundos, Portugal registou uma quebra de 2,3% face a Junho.

"De destacar o incremento das aplicações na França (6,3%) e, em sinal contrário, o decréscimo do investimento em Itália (-5,8%). O Luxemburgo (que representa 35,7% do investimento total) continuou a ser o país mais procurado, seguido do Reino Unido (12,3%) e da Irlanda (12,3%)", refere a nota divulgada pela CMVM.

Ao longo do último mês o valor sob gestão nos fundos caiu em 1,2% para um total de 26,028 mil milhões de euros. A capitalização média dos fundos também recuou, situando-se nos 119,9 milhões de euros, contra os 122 milhões de euros registados no mês passado, no mês em que o mercado recebeu novos produtos.

"Entraram em actividade quatro novos fundos, o ‘Espírito Santo Brasil – Fundo de Investimento Aberto Flexível’, gerido pela ESAF, o ‘Fundo Especial de Investimento Aberto de Capital Garantido Duplo 8 BBVA’, gerido pela BBVA Gest, o ‘Fundo Especial de Investimento Aberto Caixagest Memories’, gerido pela Caixagest e o ‘Energia Invest – Fundo Especial de Investimento Fechado’, gerido pela Santander Gestão de Activos", diz o relatório da CMVM.

BCP lidera entre gestoras

No que toca às quotas de mercado das várias sociedades gestoras seguidas pela CMVM, a liderança no mês de Julho em termos de valor gerido pertenceu ao Millennium bcp, que, com 35 fundos, conseguiu uma quota de 20,9%, crescendo 0,29 pontos percentuais em relação a Junho. A gestora com mais fundos no mercado é a Caixagest, que tem 43 produtos deste tipo, alcançando uma quota de mercado de 20,4%, o que lhe confere a segunda posição no "ranking". Seguem-se Santander, BPI e ESAF.

Já na dimensão dos fundos a liderança vai para o Multiobrigações do Santander Gestão de Activos, um fundo cuja carteira detém 1,64 mil milhões de euros, apesar de uma queda de 1,8%. No último mês os cinco maiores fundos do mercado registaram aliás quedas no valor da carteira. O maior crescimento entre os principais produtos acabou por ser do Espírito Santo Monetário, gerido pela ESAF, que subiu 2,3%, passando a ter 949,2 milhões de euros sob gestão.

Nos fundos especiais de investimento o valor sob gestão cresceu 6,8% no último mês, para um total de 2,58 mil milhões de euros.

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