Notícia
Fitch: resultados eleitorais trazem estabilidade e diminuem risco político
A agência de rating considera que a maioria absoluta do PS é benéfica para a situação económica e orçamental do país. Tal como já tinham indicado a Moody's e a DBRS, também a Fitch acredita que a estabilidade vai favorecer a aplicação dos fundos do PRR.
A Fitch alinha pelo mesmo diapasão da Moody's e da DBRS e congratula Portugal pelos resultados eleitorais que deram maioria absoluta ao Partido Socialista. A agência de rating indica que, desta forma, a incerteza política "reduz significativamente", criando um cenário mais propício para o desenvolvimento de novas políticas.
"Costa vai agora liderar o primeiro governo maioritário de Portugal desde 2015. A Fitch vê isso como um desenvolvimento positivo porque reduz a incerteza sobre a direção da política orçamental. As propostas orçamentais do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista – que incluíam alterações à Lei do Trabalho e ao fator de sustentabilidade utilizado no sistema de pensões do país – agora dificilmente vão figurar no Orçamento de 2022", indica a nota da agência de rating que sublinha que as propostas da ala mais à esquerda da geringonça "representavam um risco para as metas orçamentais".
A Fitch acredita que o défice orçamental do país ainda diminuirá, impulsionado tanto pela fim das medidas de apoio à pandemia quanto pelo crescimento económico estimado. "Prevemos um défice orçamental de 3,2% do PIB até o final de 2022 (abaixo da mediana de 3,8% do PIB para o rating BBB), de uma estimativa de 4,4% do PIB em 2021."
E, em relação à dívida pública, que atingiu o pico em 2020 em 135,2% do PIB e que a agência espera ter caído para 127,4% do PIB em 2021, a Fitch antevê que diminua ainda mais, para 123,9% do PIB, até 2023. "As nossas projeções são sustentadas pelo histórico de disciplina orçamental de Portugal e pela adesão às regras orçamentais da UE nos últimos anos." Por outro lado, e tal como já tinha indicado a Moody's e a DBRS, a Fitch acredita que "o advento de um governo de maioria também reduz drasticamente o risco de atrasos na implementação do plano de recuperação e resiliência de Portugal".
Desta forma, "o rating BBB/Estável de Portugal equilibra os seus pontos fortes institucionais, os fortes indicadores de governança e a renda per capita acima dos pares da categoria contra uma dívida pública alta e finanças externas fracas", conclui a nota.
"Costa vai agora liderar o primeiro governo maioritário de Portugal desde 2015. A Fitch vê isso como um desenvolvimento positivo porque reduz a incerteza sobre a direção da política orçamental. As propostas orçamentais do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista – que incluíam alterações à Lei do Trabalho e ao fator de sustentabilidade utilizado no sistema de pensões do país – agora dificilmente vão figurar no Orçamento de 2022", indica a nota da agência de rating que sublinha que as propostas da ala mais à esquerda da geringonça "representavam um risco para as metas orçamentais".
E, em relação à dívida pública, que atingiu o pico em 2020 em 135,2% do PIB e que a agência espera ter caído para 127,4% do PIB em 2021, a Fitch antevê que diminua ainda mais, para 123,9% do PIB, até 2023. "As nossas projeções são sustentadas pelo histórico de disciplina orçamental de Portugal e pela adesão às regras orçamentais da UE nos últimos anos." Por outro lado, e tal como já tinha indicado a Moody's e a DBRS, a Fitch acredita que "o advento de um governo de maioria também reduz drasticamente o risco de atrasos na implementação do plano de recuperação e resiliência de Portugal".
Desta forma, "o rating BBB/Estável de Portugal equilibra os seus pontos fortes institucionais, os fortes indicadores de governança e a renda per capita acima dos pares da categoria contra uma dívida pública alta e finanças externas fracas", conclui a nota.