Notícia
Exposição da Evergrande à banca regional é novo risco para o sistema financeiro da China
A Comissão de Regulação da Banca e Seguros da China está a avaliar transações na ordem dos 15,6 mil milhões de dólares que envolvem a gigante do imobiliário chinês e o Shengjing Bank, em que é acionista.
12 de Novembro de 2021 às 09:46
O regulador financeiro na China está a investigar a relação entre a Evergrande e a banca regional da China, que poderá ser um anova ameaça ao altamente endividado grupo imobiliário e ao próprio sistema financeiro do país. O período de análise abrange o período que antecedeu a crise da empresa, que acabou por influenciar negativamente a liquidez por todo o mercado global.
A imprensa do país já tinha avançado, em maio, que a Comissão de Regulação da Banca e Seguros da China estava a avaliar transações na ordem dos 15,6 mil milhões de dólares que envolvem a empresa e um banco em que esta detém uma participação, o Shengjing Bank. Essa investigação está agora próxima do fim, segundo noticia esta sexta-feira o Financial Times.
O foco do regulador é perceber como é que o banco ganhou exposição à dívida da Evergrande e qual o papel do fundador da gigante do imobiliário, Hui Ka Yan, nessa relação. O jornal britânico cita fontes próximas do caso que terão sinalizado a possibilidade de violações da regulação que limita a exposição a dívida do próprio grupo.
A imprensa do país já tinha avançado, em maio, que a Comissão de Regulação da Banca e Seguros da China estava a avaliar transações na ordem dos 15,6 mil milhões de dólares que envolvem a empresa e um banco em que esta detém uma participação, o Shengjing Bank. Essa investigação está agora próxima do fim, segundo noticia esta sexta-feira o Financial Times.
A crise da Evergrande tem gerado um efeito bola de neve no setor imobiliário na China, que é responsável por 25% da riqueza da China e há vários anos que enfrenta um forte nível de endividamento, que as autoridades não têm conseguido controlar.
O conglomerado tem conseguido escapar ao incumprimento junto dos seus credores, mas o risco de "default" ainda não foi totalmente afastado, uma vez que estão prestes a vencer outros pagamentos. A empresa chinesa tem "tropeçado" de prazo em prazo dos reembolsos nas últimas semanas, à medida que vai tentando gerir uma dívida de mais de 300 mil milhões de dólares, dos quais 19 mil milhões correspondem a obrigações nos mercados internacionais.
O conglomerado tem conseguido escapar ao incumprimento junto dos seus credores, mas o risco de "default" ainda não foi totalmente afastado, uma vez que estão prestes a vencer outros pagamentos. A empresa chinesa tem "tropeçado" de prazo em prazo dos reembolsos nas últimas semanas, à medida que vai tentando gerir uma dívida de mais de 300 mil milhões de dólares, dos quais 19 mil milhões correspondem a obrigações nos mercados internacionais.