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Evergrande pede para voltar à negociação em bolsa

O gigante do imobiliário chinês pediu para regressar à negociação em bolsa a partir de amanhã. Mas não dá garantias de não falhar mais nenhum pagamento.

As medidas de restrição no acesso ao crédito impostas pelas autoridades chinesas puseram a descoberto a situação insustentável da Evergrande.
Aly Song/Reuters
Negócios 20 de Outubro de 2021 às 18:00
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A Evergrande, o gigante chinês do imobiliário que falhou pagamentos de dívida, pediu esta quarta-feira para retomar a negociação em bolsa das suas ações, a partir de amanhã, 21 de outubro. A notícia foi avançada pela agência internacional Bloomberg.

As ações do grupo Evergrande estão congeladas desde 4 de outubro, depois de a imobiliária ter falhado dois pagamentos consecutivos aos credores. Agora, a empresa indicou à bolsa de Hong Kong que tem um período de 30 dias para pagar os juros devidos referentes à oferta pública em dólares que levou a cabo, assegurando que este período de graça ainda não expirou. 

A Evergrande prometeu ainda que continuará a implementar medidas para aliviar os problemas de liquidez, mas reconheceu que não pode dar garantias de não falhar. "Tendo em conta as dificuldades, desafios e incertezas na melhoria da sua liquidez, não há garantias de que o grupo seja capaz de cumprir as suas obrigações financeiras no âmbito dos documentos e contratos relevantes", assumiu a Evergrande, citada pela Bloomberg.

O grupo de imobiliário lançou o medo de contágios e falências em catadupa no setor imobiliário chinês, depois de ter falhado pagamentos aos credores. Na semana passada, o Banco Central da China veio assegurar que o risco de contágio estava "controlado", adiantando que seria "pouco provável" que os problemas do grupo se espalhassem a todo o setor. 

Mas desde que o Evergrande entrou em default, várias outras empresas imobiliárias falharam pagamentos em dólares. O setor imobiliário chinês acumula cerca de cinco biliões de dólares em dívida, estima o banco japonês Nomura Holdings.

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