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Euronext recua 0,24% pressionada por queda de 1% pelo BCP

A Euronext Lisbon seguia a desvalorizar, em linha com as bolsas europeias, que depreciavam pressionadas pelo sector financeiro, nomeadamente o segurador. Em Lisboa, a situação era idêntica, com o BCP a liderar as quedas da bolsa nacional depois de inverte

06 de Julho de 2004 às 13:22
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A Euronext Lisbon seguia a desvalorizar, em linha com as bolsas europeias, que depreciavam pressionadas pelo sector financeiro, nomeadamente o segurador. Em Lisboa, a situação era idêntica, com o BCP a liderar as quedas da bolsa nacional depois de inverter a tendência matinal. O principal índice depreciava 0,24%.

O índice PSI-20 [psi20] marcava para 7.224,73 pontos, com quatro acções a subir, nove a descer e sete inalteradas.

Um operador de mercado contactado pelo Jornal de Negócios Online (www.negocios.pt) destacou a Jerónimo Martins, que já tocou nos 10 euros, «com o mercado a premiar a recuperação da empresa que ainda há três anos estava muito mal». Os gestores da distribuidora «estão a dar a volta por cima», concluiu.

Do lado negativo salientou o BCP que estava a cair mais de 1%, «possivelmente com novos desenvolvimentos acerca da venda do ramos segurador do grupo, a Seguros e Pensões». O Banco Comercial Português (BCP) [bcp] marcava 1,83 euros, a decrescer 1,08%.

No restante sector da banca, o Banco BPI [bpin] marcava 3,01 euros, a crescer 0,67% e o Banco Espírito Santo (BES) [besnn] fixava-se nos 13,60 euros, inalterado.

A Semapa [sema] seguia a cair 3,13% para 3,72 euros, pressionada pelo facto de ter que vir a despender fundos para lançar uma OPA sobre a Portucel. A empresa de Pedro Queiroz Pereira, que venceu o concurso de privatização de 30% da Portucel, tem por objectivo atingir a maioria do capital da papeleira, preparando-se, para avançar, nos próximos dias, com o anúncio preliminar de lançamento de uma OPA.

A Portucel [ptcl] depreciava 0,67% para 1,49 euros, embora já tenha tocado hoje nos 1,51 euros. Os analistas prevêem que o preço a que a Semapa terá de lançar a OPA é de 1,55 euros. Mas não é provável que a cotação toque nesse valor, uma vez que o processo ainda demora algum tempo e a diferença para os 1,55 euros será o custo de oportunidade de não investir noutro projecto.

A CMVM, segundo afirmou o seu presidente, Teixeira dos Santos, aos jornalistas num encontro hoje realizado, espera o anúncio «imediato» de oferta preliminar sobre a Portucel, sem especificar um prazo, mas garantiu que não será uma questão de dias ou de semanas.

A Novabase [nba] é a emitente mais bem colocada para integrar novamente o índice, caso a CMVM venha obrigar a Semapa a lançar uma OPA sobre as acções da Portucel, noticiou hoje o Jornal de Negócios. A empresa liderada por Rogério Carapuça, caso se concretize este cenário, poderá recuperar das perdas, que nas últimas cinco sessões já ascendem a 13%. No mês passado, ingressaram no principal índice da Euronext Lisbon a Media Capital e a Teixeira Duarte, substituindo a Novabase e a SAG. A Novabase seguia nos 5,20 euros, a subir 0,19%.

A Sonae [son], que detém uma fatia de 25% da Portucel, seguia nos 0,87 euros inalterada. Os bancos CGD e BES têm em sua posse uma opção de compra sobre esta participação da Sonae. Por outro lado têm uma opção de venda, que lhes concede o direito de aliená-la à empresa de Queiroz Pereira.

A Jerónimo Martins [jmar] marcava 9,94 euros, a subir 1,95%, depois de ter atingido os 10 euros, o que não acontecia desde dia 30 de Janeiro de 2001. Os analistas têm destacado a estrutura de capital da empresa e a possibilidade de estabelecer um ‘payout’ entre 40 e 50% deste ano a serem distribuídos no próximo ano.

A Portugal Telecom (PT) [ptc] marcava 8,54 euros, a depreciar 0,0,23% e a EDP [edp] 2,27 euros, inalterada.

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