A bolsa nacional lidera os ganhos na Europa, tendo atingido o valor mais elevado desde Maio de 2002, com as acções do Banco Comercial Português (BCP) a puxarem o índice de referência. Hoje, sete títulos fixaram novos máximos. O PSI-20 avançava 1,27%.

O PSI-20 [PSI20] cotava nos 7.341,82 pontos, com 14 acções em subida, três em queda e as restantes três inalteradas. O BCP, BES, Brisa, Novabase, Sonae SGPS e EDP e PT Multimédia atingiram novos máximos. Luís Ribeiro, operador da BNC Dealer, realça a elevada liquidez do índice nacional na sessão de hoje e as movimentações no sector bancário.

Os títulos do Banco Comercial Português (BCP) [BCP] seguiam a somar 3,72% para os 1,95 euros, depois de terem atingido ao longo da manhã um máximo de 4,79%, fixando o valor mais elevado desde Janeiro de 2003 nos 1,97 euros, elevando para 12% o ganho acumulado nas últimas quatro sessões. Até ao momento, mudaram de mão quase 20 milhões de títulos.

Na Polónia, o Millennium somava 4,98%, com os analistas a citarem uma eventual venda do banco polaco, um dia depois do anúncio do BPI como o quarto maior accionista do BCP.

O Banco BPI [BPIN] apreciava 0,33% para 3,01 euros por acção, depois de ontem ter anunciado reforço da sua posição no BCP para 5%. Estas movimentações estão a fazer mexer as acções do sector da banca, com especulações de que poderão existir outras fusões no segmento bancário, na Polónia.

Ainda na banca, o Banco Espírito Santo (BES) [BESNN] somava 0,36% para os 13,80 euros por acção, depois do ministério das Relações Exteriores da Argentina ter revelado que o banco liderado por Ricardo Salgado está a analisar áreas possíveis de investimento naquele país da América Latina, nomeadamente no financiamento à modernização do sector ferroviário, tendo já iniciado contactos locais com o apoio da embaixada portuguesa. O título atingiu ao longo da manhã o valor mais elevado desde Março de 2001, ao tocar nos 13,87 euros.

A Electricidade de Portugal (EDP) [EDP] avançava 0,45% para os 2,21 euros, depois de Paulo Azevedo, responsável máximo da Sonaecom ter dito ontem que a EDP adiou a intenção de retomar a posição da Optimus, na posse da Thorn Finance. Os títulos da EDP fixaram um novo máximo desde Junho de 2002, ao tocar nos 2,24 euros.

A Portugal Telecom (PT) [PTC] seguia a avançar 1,62% para 8,76 euros, com pouco mais de 1,6 milhões de acções da mudarem de carteira, uma liquidez reduzida quando comparada com os quase 20 milhões de títulos negociados pelo BCP e de 21,84 milhões transaccionados pela ParaRede.

As acções da ParaRede [PARA] avançavam 6,67% para os 0,32 euros, depois de ter revelado que vai realizar três projectos de suporte à Internet na Portugal Telecom, um contrato avaliado em seis milhões de euros. As notícias provocaram a corrida ao papel, que atingiu o valor mais elevado desde Junho de 2002.