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Euro segue pressionado por receios de greves na Alemanha
O euro seguia pouco alterado, com os analistas a recearem que as greves que deverão ocorrer na Alemanha, devido a divergências salariais, poderão limitar o ritmo da recuperação da maior economia da Zona Euro.
A moeda única [EUR] cotava nos 0,8899 dólares, a ganhar 0,06%, e registava uma queda de 0,06% relativamente à divisa nipónica, ao transaccionar nos 115,58 ienes.
A IG Metal, a segunda maior central sindical da Alemanha, anunciou hoje pré-avisos de greve em três Estados daquela república federal, depois de não ter conseguido chegar a acordo com os responsáveis governamentais relativamente aos aumentos salariais para este ano.
Caso as greves se venham a concretizar, vários sectores de actividade, como as indústrias siderúrgica e automóvel, poderão assistir a uma redução dos seus níveis de actividade, prejudicando a retoma da economia germânica.
Os economistas acreditam que, a confirmar-se este cenário, a diminuição da actividade poderá forçar as empresas a decretarem novos cortes de funcionários, colocando pressão adicional sobre o mercado de trabalho.
O número de desempregados na Alemanha aumentou 14 vezes nos últimos quinze meses, contribuindo para a diminuição do poder de compra das famílias, o que tem levado à queda do consumo.
O Banco Central Europeu (BCE) já alertou para a necessidade de existir «moderação» nas negociações salariais nos países que partilham a moeda única, de forma a evitar o incremento das pressões inflacionistas.
A instituição já deixou a entender que, caso não haja contenção nos aumentos salariais este ano, está preparada para subir a sua taxa de juro de referência, que se situa actualmente nos 3,25%.