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Euro desce com indícios de menor abrandamento nos EUA
O euro descia 0,16% face ao dólar, prejudicado pelos números relativos ao desemprego nos Estados Unidos (EUA), que indiciaram que a economia norte-americana poderá sofrer um abrandamento menor do que o esperado.
A moeda única cotava nos 0,9315 dólares e recuava 0,21% face à divisa nipónica, ao transaccionar nos 111,44 ienes.
«Os dados sobre o desemprego nos EUA não foram tão maus como se esperava», referiu Rui Constantino, analista do Banco Santander Central Hispano (BSCH), sublinhando que «previa-se um alastrar de uma certa recessão ao sector dos serviços, o mais importante da economia, mas que acabou por não se verificar».
A taxa de desemprego nos Estados Unidos (EUA) manteve-se inalterada nos 4,2% em Fevereiro, com o número de novos empregos a ascender aos 135 mil, acima das previsões dos analistas, que apontavam para a criação de 75 mil novos postos de trabalho.
Após a divulgação destes dados, o euro chegou a perder 0,43% para os 0,9290 dólares, com «a descida do Nasdaq a acabar por travar um pouco a queda da moeda única», defendeu o economista do BSCH.
O Nasdaq perdia 4,94% para os 2.061,55 pontos, com o índice tecnológico norte-americano a ser prejudicado pela revisão em baixa das previsões de lucros da Intel, a maior fabricante de «chips» para computadores a nível mundial.
O mesmo analista sublinhou que «o comportamento dos mercados accionistas nas próximas semanas poderá ter um efeito determinante no nível de confiança dos consumidores nos Estados Unidos».
A Reserva Federal (FED) vai reunir no próximo dia 20 de Março com os mercados a aguardarem uma descida de pelo menos 50 pontos base nas taxas de juro, para tentar impulsionar o crescimento da economia norte-americana.
Em Janeiro, o FED baixou a sua principal taxa de juro em 100 pontos base para os 5,5%. Na Zona Euro, a taxa de referência do Banco Central Europeu (BCE), ou REFI, situa-se actualmente nos 4,75%.
Cada euro vale 200,482 escudos.