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Visa quer despedir 1.400 trabalhadores até ao final do ano

Os cortes devem afetar cerca de mil postos de trabalho ligados a posições tecnológicas na empresa. A Visa justifica a decisão com o objetivo de restruturar a sua atividade internacional, mas um porta-voz da empresa admitiu que, num futuro próximo, antevê um crescimento da força laboral.

Reuters
29 de Outubro de 2024 às 20:00
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A Visa está a planear despedir cerca de 1.400 trabalhadores e prestadores de serviço até ao final do ano, com o objetivo de restruturar a sua atividade internacional. A notícia foi avançada esta terça-feira pelo Wall Street Journal (WSJ), que cita um conjunto de pessoas familiarizadas com o assunto.

Os funcionários da empresa de serviços financeiros norte-americana tomaram conhecimento destes planos na semana passada, através de um comunicado interno. Apesar do aviso, os trabalhadores da Visa não receberam detalhes adicionais, segundo conta o WSJ.

Dos 1.400 postos que a Visa pretende eliminar, espera-se que cerca de mil sejam em posições tecnológicas, enquanto a maioria dos cortes restantes deve centrar-se em trabalhadores com funções de vendas comerciais e de parcerias digitais globais. São os trabalhadores deste último setor que tratam, por exemplo, das relações da empresa com outras tecnológicas, como a Amazon. 

Em resposta a estes planos, um porta-voz da Visa explicou ao WSJ que a empresa evolui continuamente para melhor servir os seus clientes e apoiar o seu crescimento – "o que pode levar à eliminação de certas funções". Apesar disto, a mesma fonte afirmou que a empresa pretende, num futuro próximo, voltar a fazer crescer a sua força laboral, comprometendo-se a aumentos anuais. 

A Visa tem mais de 30 mil trabalhadores em todo o mundo. A empresa de serviços financeiros apresenta resultados trimestrais ao mercado esta terça-feira, já depois do fim da negociação em Wall Street. Os analistas anteveem um aumento de mais de 10% nas receitas da Visa, embora antecipem um abrandamento do crescimento do volume de pagamentos em comparação com o trimestre anterior.

Nos últimos tempos, a Visa tem enfrentado uma série de processos judiciais que têm afetado a sua imagem juntos dos clientes. No mês passado, o Departamento de Justiça dos EUA apresentou uma ação judicial contra a empresa, acusando-a de monopolizar o mercado de pagamentos com cartões de débito. Para além disso, a Visa está ainda a lutar contra uma ação judicial entreposta por comerciantes em relação às taxas que estes pagam para aceitar cartões de crédito.

No rescaldo deste anúncio, a Visa, que até esteve grande parte da sessão no verde, encontra-se a perder 0,59% em bolsa para 282,62 dólares. 

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