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EDP rejeita irregularidades nos CMEC e diz que não é arguida
Depois da acusação a seis arguidos pelo Ministério Público, a elétrica diz que não foi notificada nem é arguida no processo em que os ex-responsáveis da EDP António Mexia e Manso Neto foram acusados de corrupção ativa e está "convicta da correção da sua atuação".
A EDP reagiu esta terça-feira em comunicado às acusações contra o ex-CEO da empresa António Mexia e o antigo CEO da EDP Renováveis João Manso Neto por corrupção ativa no âmbito do chamado processo dos CMEC, afirmando que "não recebeu, até ao momento, qualquer notificação por parte do Ministério Público ou de outra autoridade judicial sobre este processo, não sendo arguida no mesmo".
Em causa estão as acusações de corrupção ativa sobre os dois responsáveis, que, de acordo com o Ministério Público, terão corrompido o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e lesado o Estado em 840 milhões de euros nos Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC). Foram também acusados João Conceição, ex-consultor de Pinho, o assessor Rui Cartaxo e o ex-diretor-geral de Energia Miguel Barreto.
A empresa refere ainda que está "convicta da correção da sua atuação e reafirma a ausência de qualquer irregularidade relativamente ao processo a que a referida nota alude, de transição dos CAE para os CMEC, processo este amplamente escrutinado por diversas instituições nacionais e supra-nacionais".
A EDP diz ainda que vai continuar a acompanhar este tema e "prestará as informações necessárias em função de eventuais desenvolvimentos relevantes que venham a ocorrer".
A EDP nota que "tem vindo a disponibilizar publicamente informação sobre este caso judicial nos seus Relatórios Anuais Integrados, dispondo ainda de uma explicação detalhada sobre o processo de transição de CAE para CMEC no seu website corporativo".