O euro recuava 0,54% face ao dólar, com os mercados a aguardarem a divulgação de indicadores económicos norte-americanos no decorrer desta semana, na expectativa de dados que apontem para a recuperação da economia dos Estados Unidos (EUA).

A moeda única transaccionava nos 0,9074 dólares, numa sessão em que os mercados norte-americanos permaneceram encerrados, devido ao feriado do «Dia do Trabalhador». O euro desvalorizava 0,56% face à divisa nipónica, para negociar nos 107,785 ienes.

A National Association of Purchasing Management (NAPM) vai divulgar amanhã os números sobre a evolução da produção manufactureira dos EUA, para na quinta-feira o mesmo organismo revelar os dados sobre a produção não-manufactureira daquele país, no mês de Agosto.

Os mercados aguardam a divulgação destes dados, à espera de um sinal de recuperação da economia nos próximos tempos. O sector manufactureiro encontra-se em contracção desde Junho de 2000, com vários analistas a associarem este facto ao abrandamento da maior economia mundial.

Esta semana, o Governo norte-americano vai divulgar também os números relativos à evolução da taxa de desemprego nos EUA, que deverá registar um agravamento, tendo em conta os despedimentos anunciados nos últimos meses por empresas norte-americanas, na tentativa de reduzir custos.

A perda de ritmo da economia dos EUA já levou a Reserva federal (FED) norte-americana a cortar a sua taxa directora por sete vezes desde o início do ano, num total de 300 pontos base, para os actuais 3,5%, na tentativa de estimular o crescimento económico.

Na Zona Euro, o Banco Central Europeu (BCE) efectuou na semana passada a segunda redução de juros desde o início do ano, num total de 50 pontos base, colocando a sua taxa de juro de referência nos 4,25%.

A generalidade dos analistas acredita que esta descida não deverá ser suficiente para relançar o crescimento económico da Zona Euro, antevendo novos cortes de taxas por parte do BCE antes do final do corrente ano.

A queda dos juros costuma estimular o investimento e o consumo, através da diminuição dos encargos associados à contracção de financiamentos por parte de empresas e particulares.

Cada euro vale 200,482 escudos.