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Líder da AEP: “É um OE sem ambição, embora com sinais positivos”

Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, o presidente do conselho de administração da AEP defende que se Portugal não tiver ambição vai continuar a ser "um país com "baixos indicadores de criação de riqueza" e "a ter dificuldade em crescer". Luís Miguel Ribeiro diz ser preciso valorizar o papel das empresas e aumentar o rendimento disponível das famílias.

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O presidente do conselho de administração da AEP, Luís Miguel Ribeiro, diz que o Orçamento do Estado para 2025 "é um orçamento sem ambição", razão pela qual, se votasse a proposta, optaria pela abstenção, mas tem expectativa de que haja margem para se ir um pouco mais longe em sede de especialidade.

"É um orçamento sem ambição, embora com sinais positivos, no sentido de que é preciso valorizar a criação de riqueza, o papel das empresas e, sobretudo, o rendimento disponível das pessoas e das famílias para conseguirmos ter recursos humanos necessários e disponíveis, que é hoje um dos grandes desafios que temos no nosso país", afirmou Luís Miguel Ribeiro, em entrevista ao Negócios e à Antena 1.

"Se não tivermos mais ambição, vamos continuar a ter um país com baixos indicadores de criação de riqueza e que vai continuar a ter dificuldade em crescer e acompanhar o ritmo do resto dos países da Europa, sendo certo que a própria Europa está já a ter situação muito complexa".

Luís Miguel Ribeiro, que assumiu a presidência da AEP, descrita como a maior associação empresarial do país, em 2019 tem, no entanto, a esperança de que "muitas coisas possam ser melhoradas ainda" durante a discussão em sede de especialidade.

Convidado desta semana do programa Conversa Capital, o gestor aponta que "uma descida maior no IRC", para passar para 15% em 2027, ou a "revisão dos escalões do IRS", seriam duas medidas que poderiam levá-lo a repensar o "sentido de voto" em direção a uma aprovação do OE.

"É incompreensível, por exemplo, que se pretenda aumentar os salários em 4,7% e que os escalões de IRS só sejam atualizados em 4,6%, por isso, tem de ser no mínimo no mesmo sentido, mas devia ser mais ainda. É preciso darmos a possibilidade às empresas de premiarem quem produz mais, premiarem quem contribui para os bons resultados das empresas e não estarmos sempre a tributar aqueles que trabalham mais, que têm a ambição de ganhar mais, que querem progredir mais, porque esses são altamente penalizados", frisou.

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