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Antes das tarifas recíprocas já Fed estava preocupada com estagflação

A ata da última reunião de política monetária do banco central dos EUA revela que os responsáveis da Fed já receavam risco de inflação se manter elevada devido às tarifas alfandegárias.

bloomberg
09 de Abril de 2025 às 19:30
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A Reserva Federal (Fed) norte-americana manteve os juros diretores no intervalo entre 4,25% e 4,50% na sua última reunião de política monetária, realizada a 18 e 19 de março. O presidente do banco central, Jerome Powell, já vinha a dizer que não havia pressa no corte da taxa dos fundos federais e nessa reunião a Fed decidiu uma vez mais – depois de já o ter feito em janeiro – deixar os juros no nível onde os tinha colocado em dezembro passado (quando procedeu a um corte de 25 pontos base).

No entanto, o comunicado do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) trazia algo novo, ao sublinhar que "a incerteza em torno do panorama económico aumentou".

Agora, com a divulgação da ata da reunião, é sublinhado que já nesse encontro os responsáveis da Fed tinham abordado o risco de estagflação – com o crescimento económico a abrandar e a inflação a manter-se elevada.

Nessa reunião, os membros do FOMC viam os riscos inflacionistas "com tendência de subida", ao mesmo tempo que viam o emprego "com tendência de descida". Alguns responsáveis apontaram mesmo para um panorama de "soluções de compromisso difíceis" se a inflação se revelasse persistente e, ao mesmo tempo, o crescimento e o emprego se debilitassem.

Desde a reunião de março – a próxima decorre nos dias 6 e 7 de maio –, o Presidente Donald Trump anunciou a 2 de abril "tarifas recíprocas" a mais de 75 países  numa ação a que chamou dia da libertação. Estas tarifas entraram hoje em vigor, mas Trump acaba de anunciar uma redução na dimensão dessas taxas, durante 90 dias, para 10% no caso de os países em causa não retaliarem. A exceção é a China, sobre a qual os EUA intensificaram hoje as tarifas para um total de 125%.

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