O euro recuava 0,5% face ao dólar, depois do agregado da massa monetária da Zona Euro, ou M3, ter aumentado acima do esperado em Junho, reduzindo as possibilidades de descida de taxas na zona da moeda única.

A divisa europeia transaccionava nos 0,8769 dólares e deslizava 0,19% relativamente à divisa nipónica, ao cotar nos 108,61 ienes.

O M3 cresceu para os 6,1% em Junho, depois de situar-se nos 5,1% no mês anterior, surpreendendo os analistas, que estimavam uma progressão até aos 5,7%.

O aumento verificado em Junho levou o M3, que funciona como um indicador avançado relativamente à inflação da Zona Euro, a afastar-se do objectivo de 4,5% traçado pelo Banco Central Europeu (BCE).

Os dados anunciados hoje diminuem as possibilidades do BCE cortar os juros nos próximos tempos, apesar dos indícios de descida da inflação na Alemanha, a maior economia da Zona da moeda única, divulgados nos últimos dias.

A taxa directora do BCE situa-se actualmente nos 4,5%, depois da autoridade monetária da Zona Euro ter efectuado uma única redução de 25 pontos base desde o início do ano, para tentar estimular o crescimento económico da Zona Euro.

A descida do preço do dinheiro costuma impulsionar o investimento e o consumo, através da redução dos encargos associados à contracção de financiamentos, mas este movimento pode contribuir também para o aumento das pressões inflacionistas, devido ao aumento da procura.

A taxa de inflação da Zona Euro abrandou em Junho para os 2,6%, abaixo dos 2,9% registados em maio, mas continuou acima do objectivo de 2% delineado pelo BCE.

Cada euro vale 200,482 escudos.