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Euro cai após manutenção dos juros pelo BCE

O euro recuava 0,53% face ao dólar, no dia em que o Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter a sua taxa de juro de referência inalterada nos actuais 3,75%, apesar dos sinais de abrandamento para a economia da Zona Euro.

27 de Setembro de 2001 às 17:32
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O euro recuava 0,53% face ao dólar, no dia em que o Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter a sua taxa de juro de referência inalterada nos actuais 3,75%, apesar dos sinais de abrandamento para a economia da Zona Euro.

A moeda única valia 0,9182 dólares e registava uma progressão de 1,07% relativamente à divisa nipónica, ao transaccionar nos 109,90 ienes.

O Conselho dos Governadores do BCE decidiu hoje manter a sua taxa directora inalterada, preferindo aguardar por sinais de descida das pressões inflacionistas antes de baixar o preço do dinheiro, apesar dos sinais de perda de ritmo na Zona Euro.

A confiança dos empresários da França, a segunda maior economia da Zona Euro caiu em Setembro para o nível mais baixo dos últimos cinco anos, devido aos receios de recessão económica, depois dos atentados ocorridos nos Estados Unidos (EUA) a 11 de Setembro.

O mesmo motivo já havia levado o Fundo Monetário Internacional (FMI) a rever em baixa as suas previsões para o crescimento da economia da zona da moeda única em 2001, dos 2,4% para os 1,8%.

Apesar destes receios, os sinais contrários divulgados recentemente em relação à evolução da inflação da Zona Euro têm limitado a actuação do BCE em termos de política monetária.

No mês de Agosto, o índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) da Zona Euro abrandou para os 2,7%, depois de ter atingido os 2,8% no mês anterior.

No entanto, segundo dados divulgados hoje, o crescimento do agregado da massa monetária da Zona Euro, ou M3, que funciona como um indicador avançado para a inflação, acelerou em Agosto para os 6,7%, acima dos 6,4% registados em Julho.

Este indicador continuou a afastar-se do objectivo de 4,5% traçado pelo BCE, sugerindo que as pressões inflacionistas poderão voltar a aumentar nos próximos tempos, apesar da autoridade monetária europeia insistir que os números do M3 estão distorcidos para cima em pelo menos 75 pontos base.

Os analistas acreditam que, até final do mês de Outubro, o BCE irá reduzir novamente os juros, em pelo menos 25 pontos base, na tentativa de contrariar o abrandamento da economia europeia.

Nos Estados Unidos (EUA), as encomendas à indústria recuaram em Agosto para o nível mais baixo em mais de dois anos, enquanto os pedidos de novos subsídios de desemprego aumentaram em 58 mil na semana passada, ao ritmo mais elevado desde 1992, segundo anunciou hoje o Governo norte-americano.

Estes dados sugerem que a maior economia mundial poderá estar mais perto de entrar em recessão, o que deverá levar a Reserva Federal (FED) a cortar os juros nos próximos tempos, apesar das oito reduções já efectuadas desde o início do ano, que levaram a taxa directora da instituição a fixar-se nos 3%.

A descida dos juros costuma impulsionar o investimento e o consumo, através da diminuição dos encargos associados à contracção de financiamentos. No entanto, esta medida pode provocar também o aumento das pressões inflacionistas, devido ao incremento da procura.

Cada euro vale 200,482 escudos.

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