A eventual entrada da Cimpor na Jordânia será "positiva" para a empresa, pois este é um país com um forte potencial no sector do cimento, tem um forte crescimento económico e regista a necessidade de desenvolvimento de várias infra-estruturas, consideram os analistas do BPI e do Espírito Santo Research (ESR).

Na edição de hoje, o "Jornal de Negócios" avança que a cimenteira liderada por Pedro Teixeira Duarte se prepara para reforçar a presença na bacia do Mediterrâneo, através da construção de uma fábrica na Jordânia. A mesma fonte acrescenta que esta empresa estará a negociar a construção com um grupo jordano, para consolidar aquela que será o 14.ª mercado da empresa nacional.

Os analistas do BPI referem no "Iberian Daily" de hoje que esta notícia deverá ter um impacto "potencialmente positivo se for confirmado, pois este movimento permitiria à Cimpor reforçar a sua presença numa das mais cobiçadas regiões no sector do cimento".

De acordo com o Jornal de Negócios, o investimento deverá ser de 120 milhões de euros, o que "tendo em conta os padrões do sector, (...) deve referir-se a uma capacidade instalada de um milhão de toneladas, levando a Cimpor a ultrapassar os 10 milhões de toneladas instaladas na área da bacia do Mediterrâneo", diz o BPI.

O BPI, que tem uma recomendação de "comprar" e um preço-alvo de 7,20 euros para a Cimpor, frisa ainda que o forte crescimento económico e a necessidade de desenvolvimento de várias infra-estruturas na Jordânia deverá favorecer o crescimento do mercado de cimento.

"Opinião: A confirmar-se, esta notícia deverá ser positiva para a Cimpor pois a Jordânia é um país com um forte potencial no sector do cimento", sublinham os analistas do ESR, que tem uma recomendação de "comprar" e um preço-alvo de 7,5 euros para a cimenteira.

As acções da Cimpor sobem 1,47% para 5,53 euros.