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Dividendos das maiores multinacionais atingem recorde

Os investidores receberam mais 11%, no total de 302,5 mil milhões de dólares, um recorde para este período "tradicionalmente mais calmo", segundo um relatório da gestora de ativos Janus Henderson.

24 de Maio de 2022 às 07:33
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O montante dos dividendos pagos aos acionistas atingiu um novo recorde mundial no primeiro trimestre, graças ao vigor dos setores petrolífero e extrativo, bem como à recuperação económica pós-pandemia, segundo um estudo divulgado na terça-feira.

Os investidores receberam mais 11%, no total de 302,5 mil milhões de dólares, um recorde para este período "tradicionalmente mais calmo", segundo um relatório da gestora de ativos Janus Henderson.

Estes números levam mesmo a Janus Henderson a rever em alta de 4,6% as suas previsões para o conjunto do ano, para 1,540 biliões (milhão de milhões) de dólares, isto depois de 2021 já ter sido um ano com valores inéditos.

Os dividendos tinham caído em 2020 e no primeiro trimestre de 2021 devido à pandemia do novo coronavírus.

O documento mostra que "os pagamentos mais do duplicaram" desde 2009, ano em que este estudo foi criado para medir a evolução dos dividendos pagos pelas empresas com as 1.200 maiores capitalizações bolsistas.

Apesar de um contexto da inflação e da invasão russa da Ucrânia, 94% das multinacionais aumentaram os seus dividendos ou mantiveram-nos.

Nos EUA, esta percentagem, foi mesmo de 99%, que compara com 90% um ano antes.

Na Europa, os dividendos na Dinamarca foram muito mais importantes do que era hábito, devido à multiplicação por oito do dividendo anual do grupo marítimo Moller-Maersk, "que beneficiou com a perturbação nas cadeias de aprovisionamento mundiais".

Todos os setores registaram aumentos dos dividendos, mas as indústrias petrolífera, onde os dividendos aumentaram um terço no primeiro trimestre, e extrativa distinguiram-se.

As sociedades extrativas viram os dividendos aumentar em 29,7% e devem pagar em 2022, pela primeira vez, mais de 100 mil milhões de dólares aos acionistas, nas estimativas da Janus Henderson.

O conglomerado mineiro anglo-australiano BHP está "em vias de se tornar o maior pagador de dividendos do mundo em 2022", o que a acontecer ocorreria pelo segundo ano consecutivo, acrescentou-se no documento.
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