A Deco vai levar a cabo acções de sensibilização para idosos, em Outubro e Novembro. As sessões vão decorrer em todo o país e os serviços financeiros serão um dos temas em destaque nas formações, explicou a associação ao Negócios. Com esta iniciativa, a Deco pretende combater o grande desconhecimento desta faixa etária em temas relacionados com a banca.

Assinala-se este sábado, 1 de Outubro,  o Dia Internacional do Idoso. E, por isso, foi esta a data escolhida pela Deco para lançar a Campanha "Sénior mais activo: consumidor informado/consumidor prevenido". Segundo a associação, a média de idades dos consumidores que procuram, a nível nacional, os seus serviços é superior a 56 anos.

"Conflitos de consumo como os decorrentes das chamadas vendas agressivas atingem maioritariamente esta população. Só no primeiro semestre deste ano, mais de 1.700 consumidores já recorreram aos nossos serviços com reclamações desta natureza", refere a Deco em comunicado.

Nesse sentido, serão levadas a cabo, nos meses de Outubro e Novembro, várias acções de sensibilização para este público-alvo sobre várias temáticas. "Os serviços financeiros serão um tema especial nestas sessões", adianta Natália Nunes ao Negócios.

A responsável pelo Gabinete de Apoio ao Sobreendividado da Deco acrescenta que o objectivo será "ajudar os idosos a fazer uma boa gestão do orçamento familiar e a diminuir o grande desconhecimento desta população quanto à informação relacionada com banca".

"A conta bancária é um instrumento que todos temos que ter e pretendemos explicar aos idosos como podem comparar os custos e reduzi-los e, além disso, dizer-lhes que podem ter acesso aos serviços mínimos bancários", frisa.

Em resumo, a grande meta destas acções de sensibilização é que os idosos "gastem menos na área financeira e evitar que sejam excluídos financeiramente", explica a responsável do GAS.

Natália Nunes frisa que este gabinete presta apoio a um "grande número de pessoas desta faixa que estão em situação de sobreendividamento, ou porque são fiadores, ou estão na idade da reforma e foram confrontados com cortes nas pensões".

"Mais de 10% dos pedidos de ajuda de sobreendividados que nos chegam são de idosos, onde há uma particular iliteracia financeira", conclui Natália Nunes.