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DECO - Investir pela Internet é mais barato

Investir pela Internet é mais rápido e barato do que por outras vias. Os custos variam consoante o intermediário e o perfil do investidor. Se optar pelo corretor acertado para a bolsa nacional, poupa até 330 euros.

23 de Janeiro de 2006 às 03:26
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Poupe nas comissões

Um investidor particular não pode negociar directamente na bolsa. Para comprar e vender acções, tem de recorrer a um banco ou um corretor. Tal poderá ser feito ao balcão de uma agência, por telefone e, cada vez mais, também pela Internet.

Actualmente, em Portugal, 27% das ordens em bolsa são efectuadas por esta via. Há alguns anos que efectuamos estudos nesta área e as conclusões têm indicado que investir através da Net, em geral, é mais rápido e barato. Por isso, resolvemos analisar, em pormenor, os seus custos e saber qual o intermediário mais interessante. Tal como nos restantes meios, os custos dependem do perfil do investidor. Se pretender mudar de corretor, não se esqueça de que, em geral, a transferência da carteira de títulos também se paga, podendo custar mais de 100 euros. Veja, pois, se compensa.

Custos do investimento

- Quando o investidor compra ou vende acções, o intermediário cobra-lhe uma comissão fixa ou variável. A primeira é independente do valor da transacção e oscila entre três e dez euros. Este último valor já inclui as taxas de bolsa (ver mais à frente). Quanto à taxa variável, é uma percentagem do valor da operação. Os valores rondam os 0,25%, com mínimos a começar nos quatro euros. A estes valores acrescente, ainda, o imposto de selo (4%). Salvo em períodos de «promoção», todos os intermediários cobram estas taxas.

- A Euronext Lisboa também se faz pagar pelos seus serviços, através da chamada taxa de bolsa. À maioria dos intermediários financeiros são cobrados dois euros por negócio. Mas a taxa pode variar, dependendo do acordo entre o intermediário e a Euronext. Além disso, uma ordem pode ter de ser fraccionada emvários negócios, pelo que o investidor nunca sabe ao certo quanto irá pagar. A não ser que este encargo já esteja incluído na comissão de compra e venda. Tal sucede no ActivoBank7, BPI Online e Millenniumbcp.

- Embora as acções já só tenham «existência digital», quase todos os intermediários cobram uma comissão pela guarda de títulos. Na maioria, o valor anual é fixo, variando entre cerca de 24 e 73 euros (com IVA). Pode ser cobrado trimestral ou semestralmente. Dos intermediários autorizados a negociar através da Internet, apenas a NetInvest isenta os seus clientes deste custo. A LJ Carregosa também não o cobra a quem, no trimestre anterior, tenha gasto mais de 60 euros em comissões de compra e venda.

- Sempre que os intermediários financeiros enviam informação para casa do cliente, este tem de pagar os chamados portes e expedientes. Nos investimentos através da Net, esta comissão é rara, já que a informação está disponível online ou é enviada por correio electrónico.

- Por fim, é prática comum das empresas cotadas em Bolsa distribuírem parte dos lucros pelos accionistas sob a forma de dividendos. Mas este montante não chega intacto às mãos do investidor. Primeiro, o Estado fica comuma parte, cobrando a chamada taxa liberatória de 20%. Depois, o intermediário também cobra uma comissão, que pode variar entre 1 e 2,5% do valor a receber, antes da dedução dos impostos. À comissão acresce 21% de IVA.

Atenção ao preço

Dada a grande variedade de preços, é difícil saber qual o intermediário financeiro mais barato. A resposta varia segundo o perfil do investidor. Por isso, criámos quatro retratos-tipo (ver caixa Perfil do Investidor) e calculámos os custos anuais de investir na bolsa nacional através da Internet. No quadro, os intermediários estão ordenados por ordem crescente da média dos quatro cenários. Nenhum é mais barato para os quatro cenários. Dependendo do perfil, a diferença entre o corretor mais caro e o mais barato pode ser de 82 a 330 euros.

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