As cotações do crude estão a cair fortemente, uma vez que a tempestade tropical Ernesto se afastou das plataformas no Golfo do México que foram danificadas no ano passado pelo furacão Katrina.

O West Texas Intermediate [cl1] seguia a perder 2,29% no mercado nova-iorquino, para 70,85 dólares. Em Londres, o «brent» [co1] perdia 1,6%, para 71,54 dólares.

Os preços subiram na semana passada devido aos receios de que a tempestade pudesse seguir os passos do Katrina, que levaram ao encerramento de 95% da produção «offshore» na região, catapultando o petróleo para máximos históricos na altura.

O Katrina atingiu terra em 30 de Agosto de 2005. Quanto à tempestade Ernesto, prevê-se que atinja terra no mesmo dia, na ponta sul da Florida, e que siga pela costa Atlântica, não chegando aos campos localizados nas regiões ocidental e central do Golfo do México.

«A ameaça às infra-estruturas energéticas diminuíram significativamente no fim-de-semana», disse à Bloomberg um economista da Wachovia Corp., Jason Schenker.

Os contratos de Setembro do gás natural transaccionado em Nova Iorque também estão a perder terreno, seguindo a ceder 9,5%, para 6,48 dólares por milhões de unidades termais britânicas. Em relação aos valores de há um ano, os futuros do gás natural estão em baixa de 34%.

Os futuros do crude já subiram 16% este ano, em parte devido aos receios de que haja um corte no fornecimento do Irão e da Nigéria, que representam juntos 7% da produção global.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas deu até 31 de Agosto ao Irão para que suspenda o seu programa de enriquecimento de urânio, sujeitando-se a sanções económicas caso não o faça.