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Crise na Ucrânia pode atrasar retirada dos estímulos do BCE, avisa governador austríaco

As tropas da Rússia avançaram sobre a Ucrânia gerando um conflito armado dentro da Europa que terá consequências para o curso da política monetária do BCE.

A taxa Ester, do Banco Central Europeu, vai passar a publicar dados para os mesmos prazos da Euribor, posicionando-se como uma alternativa.
Kai Pfaffenbach/Reuters
24 de Fevereiro de 2022 às 15:40
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O conflito na Ucrânia pode atrasar a retirada de estímulos monetários na zona euro, segundo Robert Holzmann, governador do banco central da Áustria, que é membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE). Em entrevista à Bloomberg, o austríaco apontou para uma desaceleração do ritmo de normalização da política monetária.

"É claro que estamos a caminhar no sentido de uma normalização da política monetária", afirmou Robert Holzmann, quando questionado pela agência sobre o impacto da invasão da Ucrânia pela Rússia. "É possível, no entanto, que a velocidade possa agora ser em certa medida atrasada".

Os decisores de política monetária do BCE têm encontro marcado para 10 de março, sendo que o mercado esperava por essa altura que a atualização do outlook para a inflação da zona euro confirmasse a retirada de estímulos. Mas o posicionamento da autoridade monetária liderada por Christine Lagarde poderá agora alertar-se face à evolução da situação já que a escalada do conflito coloca um desafio adicional ao debate.

A taxa de inflação na zona euro atingiu recordes de 5,1% no mês passado, levando vários membros do BCE a pedir uma ação mais rápida, incluindo Holzmann. O governador do banco central da Áustria disse, esta quarta-feira, que a autoridade monetária europeia poderia avançar com a primeira subida de juros na região no verão, mesmo antes de serem concluídos os programas de compra de dívida.

 

Apesar de na última reunião de política monetária, a presidente do BCE Christine Lagarde ter deixado de afastar uma mexida nos juros este ano, o austríaco reiterou que isso apenas aconteceria após o término dos programas de compra de dívida. A francesa irá falar sobre o agravamento da situação na Ucrânia apenas esta sexta-feira, quando tem marcada uma conferência de imprensa.


(Notícia atualizada)
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