Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

BCE deve avaliar impacto da guerra na Ucrânia antes de retirar estímulos, diz Oli Rehn

O governador do Banco da Finlândia considera que a invasão da Ucrânia não implica novos apoios, mas adverte contra o risco de retirada prematura dos estímulos face ao impacto do conflito na economia europeia.

Reuters
01 de Março de 2022 às 16:01
  • ...
O Banco Central Europeu (BCE) deve avaliar com calma as implicações da invasão russa da Ucrânia antes de continuar o processo de retirada de estímulos à economia, defendeu esta terça-feira Oli Rehn, governador do Banco da Finlândia e membro do Conselho de Governadores do BCE.

Em entrevista à Bloomberg, Rehn advoga "prudência e manter as opções em aberto" para que um endurecimento da política monetária não desencadeie uma recessão.

"A direção tomada para a normalização ainda é, do meu ponto de vista, apropriada", disse. "A recuperação económica é relativamente forte e o emprego está a aumentar. No entanto, dada a nova situação, devemos fazer uma pausa de reflexão quanto à velocidade e forma de uma normalização gradual da política monetária", ressalvou.

A próxima reunião do BCE, na próxima semana, deveria ser centrada na elevada inflação, mas a invasão russa da Ucrânia e as sanções aplicadas a Moscovo estão agora sob escrutínio dos membros da instituição liderada por Christine Lagarde.

A inflação na Zona Euro encontra-se nos 5,1%, muito acima dos 2% pretendidos, e poderá acelerar ainda mais à medida que o conflito na Europa perturba o fornecimento de energia e várias cadeias de abastecimento.

"Neste tipo de situação, normalmente é melhor levar mais tempo a decidir e esperar para que se tenha uma visão mais clara do que causar danos adicionais", considerou. "Arriscamos um abrandamento ou mesmo uma recessão na Europa se agirmos de forma prematura", alertou.

Quanto a mexidas nas taxas de juro, Rehn indicou que "não estou muito inclinado a discutir agora quando a primeira subida das taxas de juro poderá ocorrer". "Depois do momento de reflexão teremos tempo para ponderar qual é o calendários apropriado para isso", acrescentou.
Ver comentários
Saber mais Conselho de Governadores do BCE Ucrânia Oli Rehn Banco Central Europeu Banco da Finlândia política estímulos juros
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio