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Credit Suisse sobe preço-alvo da EDP face a "crescimento em linha com líderes das renováveis"
O Credit Suisse, além de "aprovar" a aposta reforçada da EDP em renováveis, considera que "a procura por renováveis mantém-se saudável".
O Credit Suisse decidiu subir o preço-alvo da EDP tendo em conta as novas perspetivas que o plano estratégico até 2025 oferece.
O preço-alvo passa de 5 euros para 5,5 euros, sendo que, dos 50 cêntimos de diferença, a maior parte (35 cêntimos) diz respeito às renovações no portefólio de renováveis. A recomendação foi reiterada no nível "outperform".
A EDP, no final de fevereiro, anunciou que planeia adicionar 4 gigawatts (GW) de capacidade renovável, em média, até 2025, e 50 GW até 2030. "Isto implica duplicar as adições em comparação com as nossas anteriores estimativas, colocando o crescimento da EDP em linha com os líderes em desenvolvimento renovável, como a Engie e a Iberdrola", escrevem os analistas do banco suíço, numa nota a que o Negócios teve acesso.
A juntar a este argumento, o Credit Suisse considera que "a procura por renováveis mantém-se saudável", com a Europa a apontar para uns adicionais 400 GW sem contar com o hidrogénio verde. Assim, o banco acredita que "as metas da EDP são concretizáveis". Em paralelo, a mesma casa de investimento crê que "a disciplina financeira se mantém uma prioridade" para a elétrica portuguesa.
A impulsionar os títulos da EDP deverão estar anúncios, que o banco espera ouvir ao longo do ano, de vendas de ativos. Contudo, também há riscos a ter em conta: o aumento das taxas de juro é "o principal risco para a EDP", à semelhança do resto do setor.