Três anos após ter retomado a prática, iniciada em 2012, de pagar um dividendo intercalar aos acionistas, que foi apenas interrompida em 2020, a Corticeira Amorim mantém a tradição, não obstante ter fechado os primeiros nove meses deste ano com uma quebra homóloga dos lucros de 28,6% para 47,8 milhões de euros.

"O conselho de administração decidiu propor à assembleia geral de acionistas, a realizar no próximo dia 2 de dezembro, a distribuição parcial de reservas distribuíveis de 0,09 euros por ação", avança a Corticeira Amorim, esta segunda-feira, 4 de novembro, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A empresa liderada por António Rios de Amorim explica que, nos primeiro nove meses deste ano, "a rentabilidade foi penalizada pelo aumento dos preços de consumo de matérias-primas cortiça e pelo efeito da desalavancagem operacional", tendo o resultado líquido sido também penalizado "pela inclusão de custos não recorrentes (5,3 milhões de euros), bem como pelo aumento dos encargos financeiros em consequência do maior endividamento médio".

Entre janeiro e setembro, a faturação da Corticeira Amorim quedou-se pelos 726,2 milhões de euros, menos 4,8% do que no mesmo período do ano passado.