Notícia
Conheça as empresas candidatas à entrada na bolsa portuguesa
A Euronext quer mais empresas a cotar na bolsa de Lisboa. Por isso, convidou cerca de duas dezenas de PME e explicou-lhes as vantagens de estarem no mercado. Dezoito mostram-se receptivas ao desafio. O Negócios falou com metade. Veja aqui quais.
Patrícia Abreu
pabreu@negocios.pt
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André Veríssimo
averissimo@negocios.pt
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Susana Domingos
sdomingos@negocios.pt
06 de Janeiro de 2010 às 16:02
A Euronext quer mais empresas a cotar na bolsa de Lisboa. Por isso, convidou cerca de duas dezenas de PME e explicou-lhes as vantagens de estarem no mercado. Dezoito mostram-se receptivas ao desafio. O Negócios falou com metade. Veja aqui quais.
Mas ao Negócios, a maioria dos gestores explicou que este não é um passo para ser dado no curto prazo. 2012 poderá tornar-se no ano das estreias das PME.
São empresas de média dimensão, que actuam em nichos de mercado, mas que têm conseguido apresentar um forte crescimento dos seus negócios, mesmo durante a crise. A Euronext convidou-as a virem para a bolsa. E a maioria está disponível para aceitar o desafio. Mas não a curto prazo.
A ISA é uma das 22 empresas que aceitou o convite da entidade gestora da bolsa de Lisboa para estar presente no "Retiro IPO", que decorreu no final de Outubro, num hotel em Alcácer do Sal. Destas, 18 disseram estar a ponderar dispersar o seu capital em bolsa, em reposta a um questionário realizado pela Euronext.
Apenas três empresas admitem vir para o mercado no prazo de 12 meses. Sete vêem essa possibilidade num horizonte de 18 meses, oito indicaram um período ainda mais alargado.
Das 22 empresas que participaram no retiro IPO, nove aceitaram falar sobre os seus projectos. Frulact, Agroquisa e SPAL são algumas das empresas que não foi possível obter um comentário. Caso se confirme a vinda para o mercado, a praça financeira portuguesa ganhará diversificação sectorial. Um deles é o turismo. "É irónico que um sector estratégico para Portugal, não esteja representado em bolsa", diz Mário Ferreira, presidente da Douro Azul.
Patris decide em Março se vai para a bolsa
A capital de risco criada por Gonçalo Pereira Coutinho vai levar à AG, que decorre em Março, uma proposta para a admissão ao Alternext. "O objectivo é reforçar os capitais próprios, para permitir um crescimento mais acelerado e sustentado da empresa", explica o presidente da Patris Investimentos. A entrada em bolsa pode acontecer em 2011.
ISA só prevê dispersar capital em 2012
A Intelligent Sensing Anywhere (ISA) - dedicada à telemetria e controlo de distribuição de gás - está interessada em ir para a bolsa, mas nunca antes de 2012. O presidente José Basílio Simões explica que antes pretende "aumentar os níveis de organização e mais que duplicar a facturação". Além disso, não necessita ainda de financiamento para expandir o negócio.
Energie não estreia antes de final de 2011
O "timing" para a entrada da Energie será determinado pelo nível de esta-bilidade dos mercados financeiros, revelou Luís António Rocha, presidente da empresa de cariz familiar do sector da energia solar térmica. O responsável diz que a empresa "está completamente estruturada para fazer o IPO", mas a estreia dificilmente se fará antes de finais de 2011.
Douro Azul pode entrar ainda este ano
Mário Ferreira, proprietário da Douro Azul, decide "no espaço de três a quatro meses" se dá o salto. A dispersão em bolsa é um passo fundamental para a empresa de turismo partir para a internacionalização. O empresário garante que a Douro Azul está preparada e a estudar "afincadamente" esta hipótese. "A acontecer será este ano", assegura.
Urbanos está quase preparada
"A ida para a bolsa não é uma necessidade, é uma oportunidade". É assim que Nuno Ribeiro, administrador do grupo de logística e transporte expresso, vê a dispersão de capital. Faltam apenas alguns "ajustes" para cumprir os requisitos. A ideia é poder avançar rapidamente, quando a decisão surgir. "o perfil de crescimento já temos", assegura Nuno Ribeiro.
Silvex ainda está a reflectir
A Silvex, empresa do segmento transformador de plásticos e papéis, "não tem uma cultura adversa" à bolsa, explicou Paulo Azevedo, director-geral. Mas a decisão ainda não está tomada: "Não são decisões que se possam to-mar em um ou dois meses. Implicam alterações de estrutura". Agora, está a investir na expansão das infraestruturas para reforçar a internacionalização.
Ideal Partners em bolsa só após 2012
A Ideal Partners, que detém o Magnólia Caffé, considera que faz todo o sentido que haja "um mercado de capitais voltado para as PME" e pondera recorrer ao mercado para crescer. Pedro Pinto, presidente da companhia, encara, por isso, o Alternext como uma alternativa de financiamento. Mas, uma estreia em bolsa apenas deverá ocorrer dentro de dois a três anos.
Bacalhôa com a bolsa no horizonte
"Estamos disponíveis para olhar alternativas de financiamento num futuro próximo, dependendo do desempenho do grupo", explicou Eduardo Medeiro, CEO da Aliança Vinhos de Portugal, do Grupo Bacalhôa. Mas, uma entrada em bolsa vai depender das contas da empresa e do mercado.
Guestcentric não prevê IPO a curto prazo
Para a Guestcentric Systems, a bolsa "não é um ambição a curto prazo". Pedro Colaço, presidente da empresa, lembra que a preparação para um IPO é um processo "longo e dfiícil", pelo que não será "seguramente nos próximos 12 a 24 meses" que veremos a Guestcentric em bolsa.
Mas ao Negócios, a maioria dos gestores explicou que este não é um passo para ser dado no curto prazo. 2012 poderá tornar-se no ano das estreias das PME.
A ISA é uma das 22 empresas que aceitou o convite da entidade gestora da bolsa de Lisboa para estar presente no "Retiro IPO", que decorreu no final de Outubro, num hotel em Alcácer do Sal. Destas, 18 disseram estar a ponderar dispersar o seu capital em bolsa, em reposta a um questionário realizado pela Euronext.
Apenas três empresas admitem vir para o mercado no prazo de 12 meses. Sete vêem essa possibilidade num horizonte de 18 meses, oito indicaram um período ainda mais alargado.
Das 22 empresas que participaram no retiro IPO, nove aceitaram falar sobre os seus projectos. Frulact, Agroquisa e SPAL são algumas das empresas que não foi possível obter um comentário. Caso se confirme a vinda para o mercado, a praça financeira portuguesa ganhará diversificação sectorial. Um deles é o turismo. "É irónico que um sector estratégico para Portugal, não esteja representado em bolsa", diz Mário Ferreira, presidente da Douro Azul.
Patris decide em Março se vai para a bolsa
A capital de risco criada por Gonçalo Pereira Coutinho vai levar à AG, que decorre em Março, uma proposta para a admissão ao Alternext. "O objectivo é reforçar os capitais próprios, para permitir um crescimento mais acelerado e sustentado da empresa", explica o presidente da Patris Investimentos. A entrada em bolsa pode acontecer em 2011.
ISA só prevê dispersar capital em 2012
A Intelligent Sensing Anywhere (ISA) - dedicada à telemetria e controlo de distribuição de gás - está interessada em ir para a bolsa, mas nunca antes de 2012. O presidente José Basílio Simões explica que antes pretende "aumentar os níveis de organização e mais que duplicar a facturação". Além disso, não necessita ainda de financiamento para expandir o negócio.
Energie não estreia antes de final de 2011
O "timing" para a entrada da Energie será determinado pelo nível de esta-bilidade dos mercados financeiros, revelou Luís António Rocha, presidente da empresa de cariz familiar do sector da energia solar térmica. O responsável diz que a empresa "está completamente estruturada para fazer o IPO", mas a estreia dificilmente se fará antes de finais de 2011.
Douro Azul pode entrar ainda este ano
Mário Ferreira, proprietário da Douro Azul, decide "no espaço de três a quatro meses" se dá o salto. A dispersão em bolsa é um passo fundamental para a empresa de turismo partir para a internacionalização. O empresário garante que a Douro Azul está preparada e a estudar "afincadamente" esta hipótese. "A acontecer será este ano", assegura.
Urbanos está quase preparada
"A ida para a bolsa não é uma necessidade, é uma oportunidade". É assim que Nuno Ribeiro, administrador do grupo de logística e transporte expresso, vê a dispersão de capital. Faltam apenas alguns "ajustes" para cumprir os requisitos. A ideia é poder avançar rapidamente, quando a decisão surgir. "o perfil de crescimento já temos", assegura Nuno Ribeiro.
Silvex ainda está a reflectir
A Silvex, empresa do segmento transformador de plásticos e papéis, "não tem uma cultura adversa" à bolsa, explicou Paulo Azevedo, director-geral. Mas a decisão ainda não está tomada: "Não são decisões que se possam to-mar em um ou dois meses. Implicam alterações de estrutura". Agora, está a investir na expansão das infraestruturas para reforçar a internacionalização.
Ideal Partners em bolsa só após 2012
A Ideal Partners, que detém o Magnólia Caffé, considera que faz todo o sentido que haja "um mercado de capitais voltado para as PME" e pondera recorrer ao mercado para crescer. Pedro Pinto, presidente da companhia, encara, por isso, o Alternext como uma alternativa de financiamento. Mas, uma estreia em bolsa apenas deverá ocorrer dentro de dois a três anos.
Bacalhôa com a bolsa no horizonte
"Estamos disponíveis para olhar alternativas de financiamento num futuro próximo, dependendo do desempenho do grupo", explicou Eduardo Medeiro, CEO da Aliança Vinhos de Portugal, do Grupo Bacalhôa. Mas, uma entrada em bolsa vai depender das contas da empresa e do mercado.
Guestcentric não prevê IPO a curto prazo
Para a Guestcentric Systems, a bolsa "não é um ambição a curto prazo". Pedro Colaço, presidente da empresa, lembra que a preparação para um IPO é um processo "longo e dfiícil", pelo que não será "seguramente nos próximos 12 a 24 meses" que veremos a Guestcentric em bolsa.