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Citigroup e Bank of America adiam planos para aumentar dividendos

Dois dos maiores bancos comerciais dos EUA poderão ter de rever a política accionista que pretendiam introduzir no próximo ano, depois de a Fed ter decidido impor testes de stress a um conjunto de bancos norte-americanos.

23 de Novembro de 2011 às 16:07
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O Citigroup e o Bank of America estão entre as instituições que poderão ter de rever em baixa parte da remuneração accionista do próximo ano. A Reserva Federal norte-americana divulgou ontem os critérios para testar a resiliência dos 31 maiores bancos do país a uma eventual recessão "severa".

O cenário delineado pela Fed envolve a simulação de um impacto de uma queda do 52% no valor das acções norte-americanas, um agravamento da taxa de desemprego para 12% no próximo ano e 13% no seguinte, bem como um abrandamento de 8% do Produto Interno Bruto (PIB) no valor dos activos e dos rácios de capital.

"Vai ser muito difícil para qualquer uma destas empresas fazer recompras de acções no próximo ano", disse o analista do FBR Capital Markets Corp., Paul Miller, à Bloomberg. As hipóteses de o Bank of America e de o Citigroup "aumentarem o dividendo ou recomprarem algumas acções no próximo ano são quase nulas", concluiu.

Os critérios dos testes de stress poderão obrigar um conjunto de bancos a adiar os seus planos de aumento de capital, frustrando as ambições dos investidores que viram o valor das acções que detêm declinar nos últios meses. Este ano, o índice de banca KBW desvalorizou 31% e encontra-se 70% abaixo do seu máximo histórico.

A Reserva Federal tem em vigor um limite à distribuição de dividendos de 60% dos seus resultados em 2011, sendo essa distribuição dividida entre dividendos e recompra de acções. O analista Glen Schorr, citado pela Bloomberg, acredita que os bancos poderão sofrer restrições que os obriguem a distribuir não mais de 40% dos resultados.

"Quanto mais restritos forem os critérios e mais extremo for o stress [simulado], mais cuidado terá de se ter em termos de permitir aos bancos redistribuir capital. Uma quebra de 8% no PIB, isso é um desastre. Não é uma recessão", acrescentou.

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