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Chinesa SenseTime pondera voltar a aceitar ordens para IPO na próxima semana

A empresa chinesa de inteligência artificial estará a ponderar voltar a aceitar ordens para o IPO em Hong Kong já a partir da próxima semana. A SenseTime adiou a entrada em bolsa no início desta semana, depois de ter sido posta na “lista negra” dos EUA.

Xu Li, co-fundador da SenseTime. SenseTime
16 de Dezembro de 2021 às 11:52
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A empresa de inteligência artificial SenseTime estará a ponderar voltar a aceitar ordens para o IPO (oferta pública inicial, em inglês), a partir da próxima segunda-feira. A informação é avançada pela Bloomberg, que cita fontes com conhecimento do tema. 


A chinesa SenseTime adiou esta segunda-feira o IPO em Hong Kong, devido à entrada recente para a chamada "lista negra" dos Estados Unidos, feita pelo Tesouro norte-americano. A empresa figura nesta lista desde dia 10 de dezembro, com as autoridades norte-americanas a justificarem esta decisão com a tecnologia de reconhecimento facial da companhia, que estará alegadamente a ser usada como forma de opressão contra uma minoria muçulmana na província de Xinjiang, no noroeste da China. 


A empresa estará a atualizar o prospeto da operação, nota a Bloomberg. No prospeto anterior a empresa tinha planos para disponibilizar 1.500 milhões de ações, entre 3,85 e 3,99 dólares de Hong Kong, o que à atual conversão determina um intervalo entre 0,44 e 0,45 euros.  


Caso a empresa mantenha o intervalo que constava no anterior prospeto, a operação oderá totalizar até 768 milhões de dólares, o que se tornaria numa das maiores IPO em Hong Kong nos últimos meses. Ainda assim, embora seja mencionada a possibilidade de a empresa aceitar ordens a partir da próxima semana, o calendário não está totalmente finalizado e há mais pontos que ainda poderão ser alterados. 


A SenseTime rejeitou as acusações das autoridades norte-americanas, indicando que são "infundadas", notando que a empresa foi "apanhada no meio de disputas geopolíticas". A empresa já estava noutra "lista negra" dos EUA, neste caso naquela que é elaborada pelo Departamento de Comércio, proibindo estas empresas de fazer negócio com companhias americanas, a menos que exista uma licença. Desde 2019 que a SenseTime está nesta lista.

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