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China pede a bancos para suportar mercado imobiliário
As autoridades querem assegurar que o setor financeiro não corta o financiamento ao setor imobiliário, evitando situações de contágio devido à Evergrande.
A China pediu às instituições financeiras que ajudem os governos locais a estabilizar o mercado imobiliário, um sinal que o país está preocupado com a situação do setor, após o caso Evergrande ter deixado a descoberto a fragilidade do imobiliário.
Num encontro com o governador do banco central Yi Gang, as autoridades pediram aos bancos que cooperassem com os governos "para em conjunto manter o estável e saudável desenvolvimento do mercado imobiliário e salvaguardar os direitos e interesses legítimos dos consumidores de habitação", segundo um comunicado emitido pelo Banco Popular da China e citado pela Bloomberg.
No encontro estiveram membros dos reguladores, o ministro da habitação e executivos de 24 bancos, aos quais foi pedido que cumpram com precisão o sistema de gestão prudencial de financiamento de imóveis com o objetivo de "estabilizar os preços dos terrenos, da habitação e as expectativas".
Os reguladores terão ainda pedido aos bancos que não cortem o financiamento a todos os promotores imobiliários de uma vez, segundo adiantou uma fonte à agência de notícias. O objetivo de Pequim é, assim, que os bancos continuem a suportar os projetos em construção e aprovem créditos para quem está a pensar comprar casa, desde que tenha sido qualificado para tal.
Estas medidas surgem depois da China ter argumentado que o setor imobiliário no país é "saudável" e os direitos dos proprietários estão protegidos, apesar da situação de grave fragilidade financeira do gigante Evergrande, que ameaça deixar 1,5 milhões de compradores à espera das suas casas.