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China pede a bancos para suportar mercado imobiliário

As autoridades querem assegurar que o setor financeiro não corta o financiamento ao setor imobiliário, evitando situações de contágio devido à Evergrande.

10.º Pequim: A capital chinesa fecha o Top 10 das cidades mais caras para os expatriados.
Qilai Shen
30 de Setembro de 2021 às 08:34
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A China pediu às instituições financeiras que ajudem os governos locais a estabilizar o mercado imobiliário, um sinal que o país está preocupado com a situação do setor, após o caso Evergrande ter deixado a descoberto a fragilidade do imobiliário.

Num encontro com o governador do banco central Yi Gang, as autoridades pediram aos bancos que cooperassem com os governos "para em conjunto manter o estável e saudável desenvolvimento do mercado imobiliário e salvaguardar os direitos e interesses legítimos dos consumidores de habitação", segundo um comunicado emitido pelo Banco Popular da China e citado pela Bloomberg.

No encontro estiveram membros dos reguladores, o ministro da habitação e executivos de 24 bancos, aos quais foi pedido que cumpram com precisão o sistema de gestão prudencial de financiamento de imóveis com o objetivo de "estabilizar os preços dos terrenos, da habitação e as expectativas".

Os reguladores terão ainda pedido aos bancos que não cortem o financiamento a todos os promotores imobiliários de uma vez, segundo adiantou uma fonte à agência de notícias. O objetivo de Pequim é, assim, que os bancos continuem a suportar os projetos em construção e aprovem créditos para quem está a pensar comprar casa, desde que tenha sido qualificado para tal.

Estas medidas surgem depois da China ter argumentado que o setor imobiliário no país é "saudável" e os direitos dos proprietários estão protegidos, apesar da situação de grave fragilidade financeira do gigante Evergrande, que ameaça deixar 1,5 milhões de compradores à espera das suas casas.

"O encontro reforma as medidas das autoridades chinesas para lidar com os riscos de um potencial contágio criados pela Evergrande", defende Jun Rong Yeap, um estratego da IS Asia, à Bloomberg.
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