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Casalinho: Juros de Portugal "ainda vão descer um bocadinho mais"
A presidente do IGCP antecipa que as taxas de juro da dívida pública continuem a cair. Em entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo, Cristina Casalinho não se atreve, contudo, a avançar com patamares.
Cristina Casalinho acredita que os juros da dívida portuguesa, que têm vindo a tocar mínimos históricos consecutivos, ainda têm margem para descer. Podem continuar a cair, num movimento suportado pela actuação do Banco Central Europeu, que dá início ao programa de compras esta segunda-feira, mas não define até onde. Diz que se arriscasse um patamar, falhava.
As "yields" da dívida nacional "ainda vão descer um bocadinho mais", diz a presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP). Até quanto? "Não vou avançar com patamares. De certeza que vou falhar", acrescentou em entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo. Casalinho revelou que no IGCP tentaram prever até onde poderiam descer as taxas e todas as estimativas foram "pulverizadas".
Portugal tem realizado emissões de dívida de longo prazo, contando sempre com taxas mínimas. No mercado secundário, as obrigações do Tesouro a 10 anos chegaram, no final da semana passada, a apenas 1,663%, movimento que resulta em grande medida, à saída do programa de resgate, mas também à queda da inflação e às "declarações muito contundentes" do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi.