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CaixaBank BPI: BCP é o segundo banco com maior potencial, mas menor recomendação na Península Ibérica

Entre os bancos que o CaixaBank BPI sobre na Península Ibérica, o português BCP é o segundo com maior retorno potencial, atrás do espanhol BBVA. Contudo, é também o segundo com uma menor recomendação atribuída.

Miguel Maya, CEO do BCP, apresentou os resultados do banco para o primeiro semestre.
Miguel Baltazar
02 de Agosto de 2021 às 11:37
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O Banco Comercial Português (BCP) é o segundo banco na Península Ibérica com maior retorno potencial para os analistas do CaixaBank BPI, que definem uma possível valorização de 41,7% no espaço de um ano, apesar de ser também o que tem a segunda recomendação mais baixa entre os pares. O "player" português é ainda o que tem menor avaliação de mercado e o preço por ação mais baixo.

Numa nota a que o Negócios teve acesso, que se seguiu aos testes de stress da EBA (Autoridade Bancária Europeia), os analistas do CaixaBank BPI sublinham que o BCP ficou no fundo da tabela entre os pares na Península Ibérica, com a posição número 43 na Europa no cenário mais adverso para o rácio de capital, mas na 18.ª posição na variação desse mesmo indicador (-406 pontos base). 

O Banco Sabadell, que ficou ainda abaixo do BCP nos testes de stress da autoridade bancária no "velho continente" e foi o pior entre os pares na Pensínsula Ibérica nesta avaliação, é também o único com um retorno potencial negativo para os próximos 12 meses (-6,8%) e a pior recomendação atribuída pelo CaixaBank BPI de "underperform".

A liderar esta tabela dos que têm um potencial mais elevado está o basco BBVA, com um preço-alvo de 6,75 euros por ação, o que implica um retorno de 52,4%. Logo abaixo do BCP está o Unicaja com um possível retorno de 41,6% nos próximos 12 meses. Segue-se o Bankinter (22,8%) e o Santander (22,5%). Todos estes bancos têm uma recomendação de "comprar" para os analistas do CaixaBank BPI, acima da recomendação dada ao BCP de "neutral" - a segunda pior entre os mencinados.


O agregado dos bancos europeus, alvo dos testes de stress da EBA (Autoridade Bancária Europeia), ficaram com um rácio de capital totalmente implementado (CET1 "fully loaded") acima dos 10% num cenário adverso no horizonte de três anos. O BCP foi um dos bancos a ficar com um valor abaixo.

BCP e CGD foram os bancos portugueses analisados pela EBA, concluindo que o BCP ficaria, em 2023, num cenário adverso com um CET1 "fully loaded" de 8,14%, face ao cenário base com que partiu, em 2020, de 12,2%. Ainda assim, a queda do rácio seria de 4%, quando a média dos bancos europeus registaria uma descida de 4,85%. Já a Caixa ficaria com um rácio de 15,34%, face aos 18,22% de 2020, menos 288 pontos base.

BCP é o único que não paga ainda dividendos

Entre os bancos cobertos pelo CaixaBank BPI na Península Ibérica, o português BCP será o único que não paga dividendos aos acionistas para já, de acordo com a previsão dos analistas do CaixaBank BPI. O CEO do BCP, Miguel Maya, já disse que "ainda não estamos nde queríamos estar" neste ponto dos prémios aos acionistas.

O banco optou por não levantar já as restições ao pagamento de dividendos, mesmo que o BCE tenha dado "luz verde" nesse sentido. Maya afirma que ainda há "muita instabilidade", nomeadamente na Polónia, para decidir já sobre o pagamento de dividendos.

O plano estratégico que termina no final deste ano tinha como meta a distribuição de 40% dos resultados pelos acionistas. Mas o novo plano, até 2024 e que foi apresentado após os resultados do semestre, não avança com números.

Os lucros do BCP caíram 83,9% para 12,3 milhões de euros no primeiro semestre do ano, em comparação com o período homólogo, pressionados pela Polónia e pelos custos associados à reestruturação da instituição financeira. 

No próximo ano, o banco ibérico com uma "dividend yield" expectável maior - a relação entres os dividendos distribuídos e o preço atual das ações - é o Santander (5,8%), seguindo-se o Bankinter (5,4%) e o BBVA (4,3%), diz a mesma nota.
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