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BPI aguarda subida de 10% nos lucros do BCP em 2005
Os resultados líquidos do Banco Comercial Português devem aumentar 10% este ano e 20% em 2006, com o maior banco privado português a aumentar os níveis de rendibilidade após concluído processo de reestruturação, segundo os analistas do BPI, que melhoraram
Os resultados líquidos do Banco Comercial Português devem aumentar 10% este ano e 20% em 2006, com o maior banco privado português a aumentar os níveis de rendibilidade após concluído processo de reestruturação, segundo os analistas do BPI, que melhoraram o preço-alvo do BCP para 2,45 euros por acção.
Num research o BPI diz que aumentou as suas estimativas para os resultados do BCP [bcp], aguardando agora um crescimento de 10% nos lucros deste ano, para 567 milhões de euros. Em 2006 os resultados líquidos deverão aumentar 20% para os 678 milhões de euros.
Os dois anos seguintes também deverão ser de crescimento nos lucros, com os resultados líquidos a ascenderem a 838 milhões de euros em 2008, quase o dobro do verificado em 2004 (438 milhões de euros).
«Com os custos estáveis, as principais razões para estas melhorias devem estar na melhoria da performance das margens e menores esforços de provisões», referem os analistas Lurdes Pinho e Tiago Dionísio, do BPI.
Após concluído os esforços com processo de reestruturação do BCP, o banco está agora preparado para aumentar os níveis de rendibilidade. O BPI adianta que os maiores cortes de custos já foram efectuados, pelo que o crescimento nos indicadores de topo da demonstração de resultados (margem financeira) e as menores provisões serão os principais responsáveis pelo aumento dos lucros.
Com o processo de reestruturação, que consistiu sobretudo em alienar negócios fora do «core business», o BCP conseguiu melhorar o seu rácio de capitais em 3,6 pontos percentuais desde o final de 2001.
O BPI considera ainda que o banco liderado por Paulo Teixeira Pinto deve beneficiar com as melhores perspectivas para a economia portuguesa e uma taxa de crescimento mais elevada nas operações internacionais.
Os maiores riscos consistem no impacto das novas normas internacionais de contabilidade, ou IFRS, diz o BPI. O BCP, quando apresentar os resultados do primeiro trimestre, a 19 de Abril, deverá anunciar o impacto das novas normas, e o BPI considera que este anúncio pode pressionar as acções do BCP no curto prazo.
O BPI manteve a recomendação de «acumular» acções do BCP, mas subiu o preço-alvo de 2,15 para 2,45 euros, preço que representam um potencial de valorização de 18%.
As acções do BCP seguiam a cair 0,95% para os 2,08 euros.