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Bolsas europeias fecham no vermelho penalizadas por fracos resultados
As praças europeias encerraram em terreno negativo depois de o BNP Paribas ter apresentado resultados abaixo das estimativas dos analistas e da Goldman Sachs ter revisto em baixa as previsões para os resultados líquidos dos fabricantes automóveis europeus
As praças europeias encerraram em terreno negativo depois de o BNP Paribas ter apresentado resultados abaixo das estimativas dos analistas e da Goldman Sachs ter revisto em baixa as previsões para os resultados líquidos dos fabricantes automóveis europeus.
O BNP Paribas, o maior banco francês, reportou uma queda de 42% nos seus lucros no último trimestre de 2007, devido às perdas relacionadas com o crédito hipotecário de alto risco. Também a liderar as perdas esteve a Volkswagen, que foi penalizada pela nota da Goldman Sachs que acredita que um abrandamento na economia global vai provocar uma descida nos lucros desta indústria em cerca de 25%.
Apesar de as conclusões da reunião mensal da Reserva Federal só serem conhecidas após o fecho das bolsas, esta também condicionou a negociação no mercado, na expectativa que a autoridade monetária corte novamente os preços do dinheiro. A maioria dos analistas consultados pela Bloomberg aposta numa redução em 50 pontos base.
O Ibex [IBEX], que durante grande parte da sessão contrariou a tendência negativa, suportado pela valorização do sector das "utilities", encerrou a descer 0,22% para os 13.217,10 pontos, pressionado pela Telefonica e pela Inditex. A travar maiores quedas estiveram a Iberdrola e a Union Fenosa, animadas por uma notícia avançada pelo "Financial Times", de acordo com a qual a Electricité de France e a Actividades de Construccion & Servicios (ACS) iniciaram conversações para estudarem uma possível oferta pública de aquisição (OPA) sobre a Iberdrola.
Na praça londrina, o Footsie [UKX] recuou 0,81% para os 5.837,30 pontos, num dia em que a BP e o Royal Bank of Sctoland contribuíram para o fecho negativo.
O Cac [CAC] registou a maior desvalorização, ao perder 1,37% para os 4.873,57 pontos, penalizado pelas descidas da Total e da Sanofi-Aventis, num dia em que a Société Générale voltou a beneficiar da especulação de que será alvo de um "takeover".
Em Frankfurt, o Dax [DAX] desvalorizou 0,26% para os 6.875,35 pontos. A maior contribuição para esta "performance" negativa foi da Allianz e da Continental.
O Aex [AEX], em Amesterdão, caiu 0,68% para os 443,04 pontos, apesar das subidas do Fortis e do SBM Offshore. A Royal Dutch e a ArcelorMittal foram os títulos que mais pesaram neste recuo.