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Bolsas europeias desvalorizam mas PSI20 avança 0,08%

A Bolsa nacional acumulava valor num dia em que os principais índices europeus seguiam em perda. O Banco Comercial Português era o principal responsável pelo ganho ligeiro do PSI-20, enquanto a quebra da Portugal Telecom condicionava a performance da Euro

23 de Setembro de 2003 às 10:30
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A Bolsa nacional acumulava valor num dia em que os principais índices europeus seguiam em perda. O Banco Comercial Português era o principal responsável pelo ganho ligeiro do PSI-20, enquanto a quebra da Portugal Telecom condicionava a performance da Euronext Lisbon.

O PSI20 [PSI20] cotava nos 6.102,8 pontos, com três acções a valorizarem, oito em queda e as restantes nove inalteradas.

O Banco Comercial Português (BCP) [BCP] avançava 0,58% para 1,72 euros. A cotação do maior banco privado português continuava a ser alimentada pelos rumores em torno da venda da Seguros e Pensões. O banco anunciou ontem que a sua seguradora alienou o segmento de corretagem de seguros ao presidente da própria companhia Solução.

A Portugal Telecom [PTC] recuava 0,29% para 6,81 euros. A Moody’s reiterou o «rating» de A3 para a dívida sénior de longo-prazo não securitizada e defendeu a continuação de um «outlook» estável. Esta confirmação surge na sequência do programa de compra de acções próprias, até 10% do capital.

A Electricidade de Portugal (EDP) [EDP] seguia inalterada nos 1,92 euros. Segundo uma notícia publicada ontem no jornal espanhol Expansión, a Iberdrola terá avaliado os activos do negócio do gás da Galp Energia em 1,45 mil milhões de euros, um valor que se encontra próximo dos 1,500 mil milhões atribuídos ao negócio por Ferreira do Amaral. Contudo, a EDP, que irá controlar da distribuição de gás da Galp Energia no âmbito do processo de reestruturação do sector, já afirmou considerar a avaliação exagerada.

«Depois das afirmações por parte da EDP em como pretendia vender a posição de 3% que detém na Iberdrola, esta notícia poderá trazer algum desconforto adicional nas relações entre as duas empresas», avança a Bigonline. No entanto, o BPI «não espera grandes reacções à notícia».

Num dia marcado pelo elevado «newsflow» em torno da EDP, o jornal «Público» publicou que a eléctrica portuguesa terá acordado a aquisição dos 8% que a Iberdrola detinha na ONI Way, a última posição que ainda estava na posse dos parceiros. Esta compra garante a extinção da unidade móvel da eléctrica nacional.

No Brasil, a distribuidora de energia Bandeirante, controlada pela EDP, planeia vender 180 milhões de reais (54 milhões de euros) em dívida local durante esta semana, de modo a pagar dividas que estão a atingir a maturidade e a aumentar o capital. A emissão pagará mais 2,3% que a taxa CDI (taxa inter-bancária «overnight»).

Segundo o BPI, esta é uma medida ligeiramente positiva pois permite à companhia aproveitar a queda de 6,5 pontos percentuais da taxa de juro verificada desde Maio. As estimativas do responsável da Bandeirantes apontam para poupança de 20% nos encargos da nova emissão.

A Cimpor [CIMP] perdia 0,86% para 3,47 euros. A cimenteira registou lucros de 90,3 milhões de euros no primeiro semestre de 2003, um crescimento de 1,5% face aos 89 milhões de euros de resultados líquidos verificados no primeiro semestre do ano anterior. O volume de negócios da Cimpor teve uma quebra próxima dos 55 milhões de euros, passando dos 689,5 milhões de euros para os 654,3 milhões de euros. COM a quebra dos indicadores de actividade, a melhoria dos lucros apresentados ficou a dever-se a resultados financeiros e extraordinários, avançou o BPI.

O júri do concurso para a privatização da Portucel efectuou ontem audiências prévias com os dois candidatos à Portucel para apresentação de um projecto de relatório. Este projecto recomenda que o consórcio Cofina/Lecta vença a privatização da papeleira portuguesa, em detrimento da finlandesa M-Real.

«Tendo em conta que o valor dos activos subjacentes à proposta da Cofina/Lecta se encontra mais perto do valor do aumento de capital da Portucel (400 milhões de euros), bem como a preferência demonstrada pela Portucel na passada semana relativamente a esta proposta, esta é uma decisão que já era esperada não sendo de prever impacto no preço das acções da Portucel», referiu a corretora Bigonline na sua nota diária.

A Cofina desvalorizava 2,12% para 2,31 euros enquanto a Portucel seguia inalterada nos 1,3 euros.

A Impresa cedia 0,73% para 2,72 euros. De acordo com dados oficiais da Associação Portuguesa de Agências Publicitárias, o investimento em publicidade cresceu 3,5% até Julho face ao período homólogo do ano anterior. No segmento televisivo, o incremento ascendeu a 7,5%. O BPI considera os dados divulgados positivos, uma vez que indiciam a manutenção da tendência verificado durante o primeiro semestre do ano.

O Banco BPI (BPI) [BPIN] seguia inalterado nos 2,4 euros, o Banco Espírito Santo (BES) [BESNN] que avançava 0,08% para 12,81 euros e a Brisa [BRISA] cotava nos 5,08 euros a ganhar 0,59%

Europa em queda.

Os mercados europeus seguiam em perda, depois dos gastos dos consumidores franceses terem caído 2,7% em Agosto, face ao mês anterior, naquela que foi a maior descida dos últimos sete anos.

O Dow Jones Stoxx-50 desvalorizava 0,71% para 2.470 pontos e o euro avançava 0,28% ao cotar nos 1,1493 dólares.

O alemão DAX [DAX] perdia 1,25% nos 3.413,07 pontos. Uma unidade da MetLife acordou a compra do negócio ressegurador vida da Allianz nos EUA por cerca de 310 milhões de euros. A empresa desvalorizava 1,80% para 77,04 euros.

Em Paris, o CAC-40 [CAC] recuava 0,92% para 3.252,89 pontos. A Alstom voltava a dominava a sessão ao afundar 3,23% para 2,7 euros. A companhia retomou hoje a negociação, depois da União Europeia ter dado luz verde para o novo plano de auxílio. A empresa receberá cerca de 3,2 mil milhões de euros em acções, obrigações e empréstimos bancários, dos quais 2,4 mil milhões por parte de bancos e cerca de 800 milhões por parte do governo francês. As medidas anunciadas não agradaram aos investidores que penalizaram os títulos.

O FTSE 100 [UKX] de Londres cedia 0,52% para 4.206,2 pontos, prejudicado pela Johnson Matthey. A maior distribuidora mundial de platina divulgou que 275 dos seus trabalhadores da mina de Royston, no Reino Unido, estão em greve por melhores salários, e arrastou consigo as congéneres Xstrata e Rio Tinto.

Em Madrid, o IBEX 35 [IBEX] desvalorizava 0,73% para 6.902,4 pontos. O Santander Central Hispano era o principal responsável pela quebra ao recuar 1,3% para 7,59 euros. O banco e a seguradora Generali estão a reestruturar a sua aliança no negócio de seguros, um plano que prevê a compra de acções não detidas em unidades de negócio específicas.

Na Bolsa de Amesterdão, o AEX perdia 1,48% para 322,18 pontos. O ING, o maior grupo financeiro holandês, liderava o contributo negativo para o índice ao ceder 2,08% para 17,46 euros.

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