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Bolsas asiáticas fecham indefinidas mas Japão continua no vermelho

Alguns mercados da Ásia, como o Japão, fecharam em terreno negativo, como tinha acontecido ontem nos EUA, depois da advertência sobre um possível corte de "rating" por parte da Moody’s.

03 de Junho de 2011 às 07:47
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As bolsas asiáticas permaneceram hoje entre ganhos e perdas, sem grande tendência definida, na expectativa de que os dados de emprego mensais dos Estados Unidos, a divulgar no dia de hoje, venham a dar mais certezas sobre a situação económica na maior economia do mundo.

O MSCI Ásia-Pacífico perde 0,1% para os 134,39 pontos, registando uma grande volatilidade, com cinco acções a cair por cada quatro que ganha, de acordo com a Bloomberg.

Ontem, foi anunciado que o número de norte-americanos que pediu subsídios de desemprego aumentou acima do esperado, ao passo que, hoje, serão divulgados os dados mensais relativos aos postos de trabalho adicionados em Maio. Os economistas estimam que o crescimento seja inferior ao de Abril.

Além disso, a Moody’s lançou uma advertência aos Estados Unidos, dizendo que se o país não apresentar progressos na redução da dívida pública, verá o “rating” ser cortado. Foi, aliás, esta a razão para Wall Street ter ontem fechado no vermelho, à excepção do Nasdaq.

Em terreno negativo, encontra-se o australiano S&P/ASX 200, que caiu 0,1%, o Hang Seng, de Hong Kong, que perdeu 0,3%, e ainda o Kospi, da Coreia do Sul, que fechou praticamente inalterado, a perder 0,03% para 2.113,47 pontos. Contudo, este último índice conseguiu subir 0,6% esta semana. O Japão também marcou uma evolução negativa na sessão de hoje, à semelhança do desempenho da véspera.

O Nikkei recuou 0,66% para 9.492,21 pontos, ao passo que o Topix desvalorizou 1% para 817,5 pontos. Ontem, a Câmara Baixa do Parlamento japonês tinha chumbado a moção de censura apresentada pela oposição ao Governo liderado por Naoto Kan.

“Os investidores estão preocupados com a economia norte-americana e com o caos na política japonesa, perguntando-se como vai ele afectar o processo de reconstrução do país”, comenta à Bloomberg o estratega da Toyota Asset Managament, Masaru Hamasaki.

De destacar a acção da Tokyo Electric Power, a empresa responsável pela central de Fukushima, danificada após o terramoto de Março no Japão. Hoje, afundou 3,3% para 295 ienes, com a informação de que a água contaminada acumulada naquela central aumentou.

Ainda assim, o comportamento positivo na Ásia foi vivido pela índice chinês, que subiu 0,9%. Os investidores estão convencidos de que a inflação irá abrandar, o que lhes dá confiança para não serem necessárias novas medidas para a combater. No lado dos ganhos, está também Taiwan, com um avanço de 0,5%.

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