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Bolsas ainda não mostram início da recuperação

O vermelho continua a pintar a tendência dos mercados accionistas, que negoceiam ainda com padrões de recessão e sem quaisquer indícios de uma recuperação à vista. Os analistas não arriscam avançar com uma data para a inversão, ainda assim, consideram que qualquer melhoria nas bolsas mundiais nunca irá acontecer antes da viragem para o segundo semestre de 2009.

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O vermelho continua a pintar a tendência dos mercados accionistas, que negoceiam ainda com padrões de recessão e sem quaisquer indícios de uma recuperação à vista. Os analistas não arriscam avançar com uma data para a inversão, ainda assim, consideram que qualquer melhoria nas bolsas mundiais nunca irá acontecer antes da viragem para o segundo semestre de 2009.

Contudo, há mesmo quem considere que a forte queda das acções poderá significar que, ao invés de uma recuperação, o mundo está mais próximo de uma depressão.

Historicamente, os mercados antecipam em cerca de seis e nove meses o ciclo de recuperação da economia. No entanto, a elevada instabilidade das cotações e as avultadas perdas acumuladas, sobretudo desde o colapso do banco americano Lehman Brothers, a 15 de Setembro, mostram que os sinais de recuperação tardam em chegar. Os analistas afastam qualquer mudança para os próximos meses.

"A principal dúvida neste momento prende-se com o facto de estarmos a tomar consciência muito clara de que existem dois cenários. Uma recessão dura, com pelo menos seis trimestres de abrandamento, ou uma depressão, com um período prolongado de crescimento negativo", afirma o responsável pela análise de acções do Millennium bcp. António Seladas acredita que, tendo em conta "as valorizações actuais bastante deprimidas e significativamente abaixo de valores médios, [os mercados] estão talvez mais perto de uma situação de depressão do que de recessão".

A directora da área de mercados de acções globais da Schroders, Virginie Maisonneuve, está menos pessimista. E aponta o início do segundo semestre de 2009 como o ponto de viragem: "Até Junho vamos ter os mercados muito deprimidos, com alguns momentos de euforia. Mas a subida sustentada dos preços só deverá dar-se no começo do segundo semestre. Só aí será visível o real estado das economias e poderá antecipar-se uma recuperação."

O director de investimentos do Banco Best, Paulo Horta, salienta que os mercados "não demonstram uma recuperação clara" e lembra que, antes de qualquer recuperação, terá de haver uma estabilização, o que ainda não se verifica.

Já a economista-chefe do BPI, Cristina Casalinho, reforça a grande incerteza existente e afirma que, a verificar-se uma inversão na economia em finais de 2009, só a partir de meados do ano é que as bolsas poderão antecipar esse movimento. No entanto, Cristina Casalinho faz questão de sublinhar que, na conjuntura actual, "é difícil projectar o momento da inversão".

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