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Bolsa nacional segue estável com PT a limitar ganhos da banca

A bolsa nacional seguia estável, não conseguindo acompanhar os ganhos da maioria das praças europeias. O PSI-20 avançava 0,05%, impulsionada principalmente pelo Banco Comercial Português (BCP), com as acções da Portugal Telecom, que a partir de hoje reduz

01 de Setembro de 2004 às 12:18
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A bolsa nacional seguia estável, não conseguindo acompanhar os ganhos da maioria das praças europeias. O PSI-20 avançava 0,05%, impulsionada principalmente pelo Banco Comercial Português (BCP), com as acções da Portugal Telecom, que a partir de hoje reduz o peso no índice da Morgan Stanley para Portugal, a limitar os seus ganhos.

O índice [PSI-20] valia 7.117,16 pontos, com cinco títulos a subir, seis em queda e os restantes nove sem variação de preços.

O Banco Comercial Português [BCP] – que nas últimas cinco sessões nunca encerrou a descer - era quem mais impulsionava a subida do índice, já que valorizava 0,58% para os 1,74 euros. O Banco Espírito Santo [BESNN], que somava 0,45% para os 13,51 euros, era a segunda instituição bancária que mais ajudava a definir a tendência do índice, enquanto o Banco BPI [BPIN] seguia a perder 0,35% para os 2,88 euros.

Ontem os três maiores bancos cotados encerraram todos a valorizar, um comportamento que os analistas atribuem às alterações anunciadas pela MSCI no índice de Portugal com efeitos a partir de hoje e que são benéficas para os títulos.

A venda da posição de 48% que o Grupo BES detinha na Clarity Payment Solutions poderá vir a ter um impacto positivo nos resultados anuais da instituição liderada por Ricardo Salgado. A forma como o banco irá contabilizar a mais valia gerada de 22 milhões de euros poderá mesmo obrigar os analistas a rever as estimativas de lucros do banco.

O segundo título que mais impulsionava o PSI-20 era a Sonae SGPS, que avançava 1,16% para os 0,87 euros. A Carrefour, que controla 20% do capital da Modelo Continente, anunciou hoje que quer encaixar mil milhões de euros com a venda de activos no próximo ano, com o objectivo de ganhar margem de manobra para reduzir os preços em França, onde a companhia está a ser penalizada pela concorrência.

A travar os ganhos seguia a Portugal Telecom [PTC], com uma queda de 0,48% para os 8,33 euros, enquanto a PT Multimédia [PTM] somava 0,45% para os 17,83 euros. A partir de hoje a empresa de telecomunicações reduz o peso no índice MSCI Portugal, o que está a penalizar as acções.

A notícia de que a Tele 2 Portugal alcançou 150 mil clientes no primeiro ano de actividade, 50 mil acima do estimado, ameaça as restantes operadoras de rede fixa, consideram os analistas do BPI e do Millennium BCP.

«A agressividade da Tele 2 Portugal é uma notícia negativa quer para a Portugal Telecom, quer para as restantes operadoras de linha fixa», avançam analistas do BPI.

Para os do Millennium bcp, a Tele 2 representa uma pressão sobre as restantes operadoras. Os analistas desta instituição bancária explicam que, como a Tele 2 prevê chegar aos 300 mil clientes no final do 2ºano de actividade (Setembro de 2005) e atingir o «break-even» no final do 3ºano (Setembro de 2006), «é natural que se mantenha a tendência de pressão dos operadores alternativos sobre o negócio de linha fixa da Portugal Telecom».

A mesma fonte acrescenta ainda que isto «é algo que estamos a antecipar nas nossas estimativas» e que este «é um tema que deverá ser seguido com alguma atenção no próximo dia 7 (dia em que a PT apresenta os seus resultados trimestrais) uma vez que poderá dar espaço para surpresas».

A Brisa [BRISA] também deslizava 0,33% para os 6,03 e a Media Capital [MCP] perdia 1,47% para os 4,01 euros. A Impresa caía 0,76% para os 3,91 euros, enquanto a Cofina [COFI] seguia inalterada nos 3,02 euros.

A SIC alcançou a liderança na faixa horária mais importante da televisão, o «prime-time», aquela que maior investimento publicitário capta, ao atingir 33,3%, um ganho de 12,6% em relação a Agosto de 2003 e mais 1,9 pontos percentuais em relação à TVI, em segundo lugar.

A Electricidade de Portugal [EDP] seguia inalterada nos 2,28 euros, enquanto a Cimpor perdia 0,24% para os 4,17 euros. A cimente está a estudar o investimento no aumento de capacidade de produção da NPc- Natal Portland Cement, participada sul-africana, adquirida em 2002. Fonte oficial da cimenteira portuguesa reconheceu ao Jornal de Negócios que «estamos neste momento a equacionar sobre o investimento no aumento de capacidade de produção na NPC».

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