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Bolsa inverte no final e contraria perdas da Europa (act)

A bolsa nacional encerrou a subir, invertendo a tendência verificada ao longo de toda a sessão. O PSI-20, ao contrário da Europa, ganhou 0,18% impulsionado pelos ganhos superiores a 1% da EDP e da Brisa, num dia em que a PT também voltou a subir.

13 de Setembro de 2005 às 16:52
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A bolsa nacional encerrou a subir, invertendo a tendência verificada ao longo de toda a sessão. O PSI-20, ao contrário da Europa, ganhou 0,18% impulsionado pelos ganhos superiores a 1% da EDP e da Brisa, num dia em que a PT também voltou a subir.

O principal índice nacional [psi20] avançou para os 7.880,78 pontos, com seis acções a subirem, nove a caírem e cinco inalteradas, num dia em que a liquidez voltou a superar os 100 milhões de euros.

As congéneres europeias depreciaram pressionadas pelas empresas petrolíferas, com o preço do barril de petróleo a negociar perto do valor mínimo de três semanas. O DAX liderou as perdas, devido à indefinição sobre as eleições na Alemanha.

Os efeitos do Furacão Katrina, que assolou a semana passada o sudeste dos EUA, deverão ter um impacto negativo na EDP, Brisa e no sector industrial nacional, revela uma análise da corretora portuguesa Golden Broker.

A corretora considera que «uma eventual escalada do preço do crude, para além dos efeitos genéricos nefastos conhecidos», deverá ter um impacto negativo mais significativo naqueles «dois títulos e aquele sector».

Apesar deste estudo, as acções da Energias de Portugal (EDP) [edp] encerraram a ganhar 1,30% para os 2,33 euros e a Brisa [brisa] subiu 1,02% para os 6,92 euros.

A Portugal Telecom (PT) [ptc] avançou 0,92% para os 7,64 euros e a sua subsidiária PT Multimédia [ptm] ganhou 1,53% para os 7,96 euros.

A PT caiu ontem mais de 2% com os investidores a aguardarem resultados desfavoráveis à operadora e à sua participada PT Multimédia, valores que deverão ser anunciados na próxima quinta-feira.

Os lucros da PT no primeiro semestre deste ano deverão apresentar uma quebra de 59% para os 230,92 milhões de euros, segundo os analistas consultados pelo Jornal de Negócios. O aumento da concorrência no mercado das telecomunicações em Portugal e no Brasil,  o fraco crescimento da economia e o «profit warning» da TMN são os principais factores apontados para a queda.

O sector da banca evitou maiores ganhos, com o Banco Comercial Português (BCP) [bcp] a cair 0,90% para os 2,20 euros, o Banco BPI [bpin] a ceder 0,28% para os 3,50 euros e o Banco Espírito Santo (BES) [besnn] a recuar 0,08% para os 13,16 euros.

O BES prevê obter, na sequência da fusão por integração do Banco Internacional de Crédito (BIC), anunciada ontem, sinergias totais entre 24 e 28 milhões de euros, o que corresponde a 8% dos resultados operacionais do grupo.

A Sonae SGPS [son] depreciou 2,27% para os 1,29 euros e a Sonaecom [snc] perdeu 0,29% para os 3,39 euros. O Modelo Continente [mcon] encerrou inalterado nos 1,74 euros no dia em que a APED apresentou o relatório do «ranking» do sector de distribuição, com a subsidiária da Sonae a liderar.

O grupo Modelo Continente (hipermercados) registou um volume de negócios de 2,22 mil milhões de euros em 2004, mantendo o primeiro lugar do ranking de distribuição realizado pela APED, seguido da Jerónimo Martins Retalho, com uma facturação de 1,74 mil milhões de euros.

As acções da Jerónimo Martins [jmar] caíram 2,07% para os 11,80 euros.

A Mota-Engil [egl] encerrou a valorizar 3,34% para os 3,40 euros, no dia em que renovou o máximo histórico ao tocar nos 3,43 euros. A Semapa [sema] também atingiu o máximo de Maio de 2002 ao tocar nos 4,97 euros, encerrando a negociar nos 4,96 euros.

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