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Bolsa contraria ganhos da Europa penalizada por resultados (act)

A bolsa contrariou os ganhos da maioria das congéneres europeias e encerrou a cair pressionada pelo Banco Espírito Santo, Energias de Portugal e Impresa que apresentaram resultados. O PSI-20 deslizou 0,63% com a Cimpor a travar perdas maiores, naquela que

26 de Outubro de 2004 às 17:09
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A bolsa contrariou os ganhos da maioria das congéneres europeias e encerrou a cair pressionada pelo Banco Espírito Santo, Energias de Portugal e Impresa que apresentaram resultados. O PSI-20 deslizou 0,63% com a Cimpor a travar perdas maiores, naquela que foi a sessão mais líquida em mais de um mês.

O principal índice da bolsa nacional cotou nos 7.352,15 pontos, com 13 acções a cair, cinco inalteradas e apenas duas a valorizar, numa sessão pautada pela recuperação da liquidez com mais 85,6% do que na anterior, com 170,92 milhões de euros negociados - valor mais elevado desde dia 8 de Setembro.

Na Europa as praças valorizaram beneficiando da queda dos preços do petróleo, reduzindo as preocupações que o aumento dessa matéria-prima pudesse afectar o crescimento económico.

As acções que mais pressionaram o índice foram as da Energias de Portugal (EDP) [EDP] com uma desvalorização de 1,73% para os 2,27 euros, com 18,7 milhões de títulos negociados. A eléctrica anunciou ontem que registou resultados líquidos de 350,6 milhões de euros entre Janeiro e Setembro deste ano, mais 36,1% do que em igual período do ano passado, ficando, no entanto, abaixo da média das previsões dos analistas.

O sector da banca foi também determinante para a queda do índice, com o Banco Espírito Santo (BES) [BESNN] a deslizar 1,19% para os 13,33 euros, com 167,772 mil acções negociadas. Esta instituição bancária anunciou hoje que os resultados líquidos, entre Janeiro e Setembro deste ano, ascenderam a 173,5 milhões de euros, um valor que representa uma subida de 15,1% face ao período homólogo do ano passado, mas também ficou aquém das previsões dos analistas.

O Banco BPI [BPIN] também perdeu 0,99% para os 2,99 euros, tendo anunciado, já depois do fecho, que os resultados dos primeiros nove meses do ano ascenderam a 126,6 milhões de euros, mais 11% que no mesmo período do ano passado, ficando em linha com o esperado pelos analistas.

O Banco Comercial Português (BCP) [BCP] – título mais líquido da sessão com 41,25 milhões de acções negociadas – terminou inalterado nos 1,78 euros. Foi hoje negociado um bloco de 24,33 milhões de acções do Banco Comercial Português, equivalente a 0,74% do capital do banco de Jardim Gonçalves, seguido de outro com 10 milhões de títulos. A Cofidis Portugal, empresa de crédito à distância, prepara-se para apresentar uma proposta de compra do negócio do Crédibanco, a unidade de crédito ao consumo do BCP.

A Brisa também influiu na tendência do índice com um deslize de 0,61% para os 6,52 euros. Em sentido contrário fechou a Cimpor – que anunciou ontem a aquisição de 54% do capital de uma empresa espanhola por 4,5 milhões de euros – com uma valorização de 0,98% para os 4,12 euros, bem como a PT Multimédia [PTM] que avançou 0,55% para os 18,30 euros.

O Millennium bcp investimento manteve a Semapa [SEMA] e a PT Multimédia como os títulos com maior potencial de valorização face ao seu preço alvo. As acções da Semapa caíam 1,44% para os 4,12 euros e a Portugal Telecom [PTC] ficou estável nos 8,85 euros. A operadora telefónica exerceu o direito de liquidação física previsto em contratos de «equity swap» que foram celebrados com o ABN Amro, Citigroup e UBS, passando a ter em carteira 7% das acções próprias.

No sector de «media» a Impresa terminou em queda de 4,89% para os 4,47 euros, na maior descida entre os títulos do PSI-20. As acções desta empresa atingiram uma desvalorização máxima de 5,32%, para os 4,45 euros, depois da companhia ter ontem apresentado os resultados do terceiro trimestre. O BCP Investimento cortou a recomendação da Impresa para «neutral» e o BPI diz que nos resultados as más notícias vieram da Edimpresa e da divisão de jornais.

A Media Capital perdeu 2,32% para os 5,05 euros e a Cofina deslizou 1,57% para os 3,76 euros.

A Sonaecom [SCN] – que terminou a cair 0,60% para os 3,29 euros – deve registar lucros de 13 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, impulsionados em grande parte pela performance da Optimus, de acordo com as previsões do banco BPI.

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