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BIS alerta para exageros em resposta à turbulência com o Brexit

Há uma elevada liquidez nos mercados, mas perante a turbulência pós-referendo todos os bancos centrais se disponibilizaram a injectar mais. Um erro, na perspectiva do banco central dos bancos centrais.

Reuters
26 de Junho de 2016 às 17:36
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O Reino Unido levou a permanência na União Europeia a referendo. E o "Leave", para surpresa de muitos, acabou por ganhar. Um resultado que automaticamente colocou os mercados financeiros em alerta, levando os bancos centrais a disponibilizarem-se a injectar mais liquidez numa altura em que esta é já abundante. O Bank for International Settlements (BIS - Banco de Pagamentos Internacionais), alerta para os exageros.


O Banco de Inglaterra, o Banco Central Europeu, a Fed e o Banco do Japão, além de muitos outros a nível mundial, vieram a terreiro afirmar que estão disponíveis para injectar mais liquidez para acalmar os mercados. Esta foi a reacção imediata dos bancos centrais à forte agitação que se fez sentir após a vitória do Brexit.


O BIS, que tem vindo consistentemente a alertar para a necessidade de se afastar da dependência de taxas de juro ultra-baixas e de estímulos monetários, está a ser chamado a apoiar estas medidas após um evento que veio criar grande agitação nos mercados financeiros globais.


Mas o banco que promove a colaboração entre os vários bancos centrais e que coordena as operações financeiras internacionais defende que está a haver exageros na disponibilidade de liquidez. "É muito tentador agir de forma firme para travar a tensão no mercado. Mas tendo em conta a distância a que estamos da normalidade, devemos ser capazes de ver através dessa tensão", diz Claudio Borio, economista-chefe do BIS, citado pela Bloomberg.


Na perspectiva do banco central dos bancos centrais, o BIS defende que as autoridades monetárias mundiais adoptem, em alternativa, uma política monetária que integre melhor o sistema financeiro, mas que se inicie também um processo de normalização das taxas e que se avance com a resolução do crédito malparado na banca europeia.

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